Com o surgimento de barragens artificiais em quase todos os cursos de água no Alentejo a fauna piscícola tem-se vindo a alterar, têm desaparecido a maioria dos peixes autóctones.
Ultimamente tem sido muito frequente os pescadores das redondezas dirigem-se a mim, aqui na loja, para me perguntarem onde podem "tirar" uns barbos, pois , segundo me dizem, têm saudades de « uma boa caldeta », mas não conseguem capturar nenhum barbo. Eu lá lhes dou umas dicas, uns safam-se, outros não!
Mas o facto é que cada vez se vêm muito menos peixes da bacia do Guadiana, os barbos e bogas há em muito menos quantidade, escalos e verdemãs já são raros e o saramugo está à beira da extinção. A única espécie autóctone em expanção é o bordalo, ou ablete, como é mais vulgarmente designado agora.
Mas o sumiço destas espécies, não se deve só ao desvio e interrupção das massas de água, provavelmente os principais causadores dessa calamidade são as novas espécies predadoras introduzidas nas nossas águas. Primeiramente e já há décadas o achigã, mais recentemente as várias espécies de Silures ( Peixe-gato ) e Luciopercas.
Felizmente que estes predadores têm outros predadores, o homem. E eu conheço homens que são de tal maneira "vorazes", que a continuar assim são bem capazes de conseguir o equilíbrio das espécies piscícolas. Dou-vos a conhecer alguns dos maiores "predadores" de achigãs e luciopercas dos últimos dias.
O Rapozinho de Alqueva, que se está a transformar num tubarão de água doce! Aqui com nove luciopercas, tirados na 2ª feira na Barragem do Lucifecit.
Nesta 2ª foto o Francisco Serra com uma grande pescaria de achigãs, estes foi apanhá-los antes de entrarem em Portugal. Chama-se a isto prevenção, antes que venham para cá fazer mal, capturam-se logo em águas espanholas!
O belo exemplar acima foi capturado numa pequena albufeira perto da Mina do Bugalho. Calculam o mal que um " toulan" destes faz, numa pequena charca? Devora cerca de 25 alevins por dia.
Em cima o Nuno Cavaca com a sua maior captura de sempre, um belo achigã de 3,300kg, capturado no Alqueva. Conta o Nuno, « Assim que o ferrei até levei um choque », o que ele não contou foi que com a emoção do tirar, até se ia mijando às pinguinhas!!!
Nesta ultima foto, o Maló na sua 1ª incursão por estas pescas conseguiu capturar 4 luciopercas, este o maior com cerca de 1,2kg.
Ultimamente tem sido muito frequente os pescadores das redondezas dirigem-se a mim, aqui na loja, para me perguntarem onde podem "tirar" uns barbos, pois , segundo me dizem, têm saudades de « uma boa caldeta », mas não conseguem capturar nenhum barbo. Eu lá lhes dou umas dicas, uns safam-se, outros não!
Mas o facto é que cada vez se vêm muito menos peixes da bacia do Guadiana, os barbos e bogas há em muito menos quantidade, escalos e verdemãs já são raros e o saramugo está à beira da extinção. A única espécie autóctone em expanção é o bordalo, ou ablete, como é mais vulgarmente designado agora.
Mas o sumiço destas espécies, não se deve só ao desvio e interrupção das massas de água, provavelmente os principais causadores dessa calamidade são as novas espécies predadoras introduzidas nas nossas águas. Primeiramente e já há décadas o achigã, mais recentemente as várias espécies de Silures ( Peixe-gato ) e Luciopercas.
Felizmente que estes predadores têm outros predadores, o homem. E eu conheço homens que são de tal maneira "vorazes", que a continuar assim são bem capazes de conseguir o equilíbrio das espécies piscícolas. Dou-vos a conhecer alguns dos maiores "predadores" de achigãs e luciopercas dos últimos dias.
O Rapozinho de Alqueva, que se está a transformar num tubarão de água doce! Aqui com nove luciopercas, tirados na 2ª feira na Barragem do Lucifecit.
Nesta 2ª foto o Francisco Serra com uma grande pescaria de achigãs, estes foi apanhá-los antes de entrarem em Portugal. Chama-se a isto prevenção, antes que venham para cá fazer mal, capturam-se logo em águas espanholas!
O belo exemplar acima foi capturado numa pequena albufeira perto da Mina do Bugalho. Calculam o mal que um " toulan" destes faz, numa pequena charca? Devora cerca de 25 alevins por dia.
Em cima o Nuno Cavaca com a sua maior captura de sempre, um belo achigã de 3,300kg, capturado no Alqueva. Conta o Nuno, « Assim que o ferrei até levei um choque », o que ele não contou foi que com a emoção do tirar, até se ia mijando às pinguinhas!!!
Nesta ultima foto, o Maló na sua 1ª incursão por estas pescas conseguiu capturar 4 luciopercas, este o maior com cerca de 1,2kg.
5 comentários:
Bom dia!!!
Era só para corrigir que o ablette ou alburno (nome cientifico alburnus alburnus) é uma espécie invasora tão ou mais perigosa que os predadores referidos!!!
Os bordalos (squalius alburnoides e squalius pyrenaicus) são duas espécies nativas que estão a beira da extinção, estas espécies habitam pequenas ribeiras!!!
Os alburnos são mais perigosos que os achigãs ou luciopercas porque sobem as ribeiras e chegam ao locais onde estas duas espécies de predadores não causavam estragos(pois não existem ai)!!!
Toda a gente sabe que os alburnos reproduzem-se aos milhares, assim esgotam o alimento dos bordalos que tem uma alimentação semelhante, para alem disto, são capazes de comerem os alevins destes!!!
Bom dia,
A informação que possuo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, é que a Ablete, de seu nome cientifico "Complexo de Leuciscus alburnoides". é o mesmo que o bordalo.
Veja o Projecto Live-Saramugo.
Cumprimentos, Varandas
Ola!!!!
O complexo Leuciscus alburnoisdes é correspondente ao squalius albornoides!!!!Logo bordalo!!!
Nomes comuns a parte, pois cada pessoa chama o que quer aos peixes...
O ablete que existe em abundância no Alqueva, lucifecit etc...é o alburnos alburnos nome cientifico que é exotico....
seja profavor este artigo cientifico
http://graellsia.revistas.csic.es/index.php/graellsia/article/view/84/84
O nome cientifico do bordalo era esse referido no projecto live-saramugo (complexo leuciscus alburnoides!!!Hoje em dia é squalius alburnoides!!!Mas não é essa a especie em questão!!!!
Os nomes comuns variam de região para região ..logo não são de fiar o nome comum ablette é referido em França para o Alburnus alburnus!!!Em inglaterra chamam-lhe bleak em espanha alburno...
O que interessa é que o peixe que existe no guadiana (alqueva, lucifecit) em quantidade é o alburnus alburnus que é uma especie exotica...
seja o artigo seguinte e procure fotos no google para as duas especies e confira!!!
http://graellsia.revistas.csic.es/index.php/graellsia/article/view/84/84
Fico a aguardar a sua resposta!!
cumprimentos
E Libertar que é bom nada...
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