Na sequência da minha postagem de 17 Dezembro, VINHO ORIGINA POESIA À "DESGARRADA", mais uma vez se confirma que o Alandroal é um Concelho de poetas populares, em menos de um mês, já vão em bem mais de 100 as quadras feitas pelos leitores do Alandroalandia. Honra seja feita ao Carlos Damas, que foi em larga escala o maior contribuidor para esse feito.
Mas muitos mais houve que anonimamente contribuíram para esse feito, e por serem muitos, achei por bem dar mais oportunidade aos nossos poetas e terem assim a "visibilidade" que merecem. Sempre que a postagem sobre poesia desaparecer da página inicial do blogue, outra postagem reaparecerá para dar continuidade à veia poética dos leitores do Alandroalandia.
Eu bem poderia fazer o mote para um novo tema, mas nem isso sei fazer, definitivamente a poesia é uma arte "que a mim não me assiste", vá lá a prosa e não agrada a todos!
Mas escolho eu o tema, o que não invalida que possam versar sobre o que quer que seja. No fim de semana passado, o Prémio Nobel da Paz, foi entregue pela primeira vez a 3 mulheres, distinguindo o papel das mulheres na resolução dos conflitos.
Assim o tema vai ser a MULHER. A mulher como mãe, irmã, namorada, a mulher como embaixadora da paz, a mulher como lutadora pela igualdade... ou simplesmente a mulher como mulher.
A Mulher Que Passa
Por que não voltas, mulher que passa?
Por que não enches a minha vida?
Por que não voltas, mulher querida
Sempre perdida, nunca encontrada?
Por que não voltas à minha vida
Para o que sofro não ser desgraça?
Esta de cima é do Vinicius de Moraes, a partir daqui é com vocês, poetas mulheres ou homens.
Mas muitos mais houve que anonimamente contribuíram para esse feito, e por serem muitos, achei por bem dar mais oportunidade aos nossos poetas e terem assim a "visibilidade" que merecem. Sempre que a postagem sobre poesia desaparecer da página inicial do blogue, outra postagem reaparecerá para dar continuidade à veia poética dos leitores do Alandroalandia.
Eu bem poderia fazer o mote para um novo tema, mas nem isso sei fazer, definitivamente a poesia é uma arte "que a mim não me assiste", vá lá a prosa e não agrada a todos!
Mas escolho eu o tema, o que não invalida que possam versar sobre o que quer que seja. No fim de semana passado, o Prémio Nobel da Paz, foi entregue pela primeira vez a 3 mulheres, distinguindo o papel das mulheres na resolução dos conflitos.
Assim o tema vai ser a MULHER. A mulher como mãe, irmã, namorada, a mulher como embaixadora da paz, a mulher como lutadora pela igualdade... ou simplesmente a mulher como mulher.
A Mulher Que Passa
Por que não voltas, mulher que passa?
Por que não enches a minha vida?
Por que não voltas, mulher querida
Sempre perdida, nunca encontrada?
Por que não voltas à minha vida
Para o que sofro não ser desgraça?
Esta de cima é do Vinicius de Moraes, a partir daqui é com vocês, poetas mulheres ou homens.
45 comentários:
Ao aqui chegar
Começo a pensar
Uma frase e versar
Para o verso completar.
_______________________
É um verso simplesmente
Inventado de repente
Não é ser inteligente
Como pensa algum de gente.
Tenho em minha ideia
Proibir o anónima-to
Não quer ler não leia
Que não me chamem chato.
Vinho, poesia e desgarrada
Originou muita conversa
Houve palavras em salada
Não tem haver com promessa.
Com muita pena minha, não consigo ler a postagem, está muito escuro...
Como devo proceder para se tornar visível?
Desde já agrareço uma orientação.
Namoradas meus amores
A outros dão o prazer
Minha namorada se fores
Não me podem ofender.
_______________________
O livro que andam estudando
Deitei-o fora há muito tempo
Andam-se preocupando
Deram-me foi um sofrimento.
Tu és grande artista
Em desenho no papel
És como o Chico fadista
Um abraço ao Zé do mel.
_______________________
Quero isto publicado
Ai de ti se não publicas
Se não sou enchapelado
Livro-me das criticas.
_______________________
O que queres tu que eu escreva
Se tenho pouco p`ra contar
Não sou como a charrua na leva
Quando a terra anda a voltar.
Meus queridos amigos,
ganhem outra inspiração,
não percebo nada disto,
tal a desafinação!
mulher bonita passa na rua
a cabeça hás-de voltar
tiras da boca um assobio
um piropo ou dois para lhe dar
resposta não levas de volta
porque não ta querem dar
esperanças morrem ali
ao veres desprezo no olhar
mas para quem hábito se tornou
teimas em continuar
e sempre pronto um assobio
para mulher bonita tens para atirar
Tive um acidente de motorizada
Após tive outro numa intriga
Era solteira e não casada
Fui ofendido por uma rapariga.
À verso dum ladrão
Não fostes publicado
Outros para ai irão
Contudo não ralado.
A inveja e a ignorância
São as duas primas irmãs
Ditas com arrogância
Filhas da maldade são fãs.
__________________________
Depois de ter o acidente
Qual a minha pouca sorte
Conviver com certa gente
O cérebro era o Pólo Norte.
________________________
A inveja e ganancia
Em parasitas nasceu
Há outra relevância
Nem a mesma lhes valeu.
_______________________
Mostro a minha lealdade
E sempre por mim esteja
Sempre falo na verdade
Ai nasce a maior inveja.
_______________________
Quando tive o primeiro carro
Não de um policia mas GNR
Quando no engano embarro
Não comprei a um qualquer.
Fui enganado muito bem
Cento e cinquenta contos custou
Não valia um vintém
Esse dinheiro me apanhou.
Arranjei uma namorada
Na aldeia se S. Miguel
Por pensar ser mais fiel
Mesmo essa me saio errada.
__________________________
Vi que não valia nada
Eu deixe-ia e fiquei só
Lembrei-me dela e tive dó
Pensei ir lá outra vez
De coisas que ela me fez
Tenho na garganta um nó.
Tal é a desafinação...
isto tem que melhorar;
Vamos mas é pôr mão...
p'ra poder continuar.
Continuo sem conseguir ler o Texto do Sr. Varandas... Só estão visíveis os comentários. Tenho pena!
Já não é o Alandroal
Que era antigamente
Será que é normal
Ou será da gente.
Será só no Alandroal
Talvez por pouca gente
Ou no mundo em geral
Que está tudo diferente.
MULHER QUE É FORMOSA
NÃO MOSTRA VAIDADE
BONITA COMO A ROSA
NEM MOSTRA A IDADE.
CANSADA DE TRABALHAR
SEM NADA QUERER DIZER
COM VONTADE DE PARAR
E NADA PODER FAZER.
A BELEZA VEM DE DENTRO
MESMO QUE PENSEM QUE NÃO
É FORTE O SENTIMENTO
QUE SAI DO CORAÇÂO.
Faz quilómetros de poesia,
É uma máquina de versar.
Ele não consegue parar
Nem de noite nem de dia.
Se soubesse também fazia,
Versos em grande quantidade!
Que se lixe a qualidade,
Interessa é a produção!...
E nisso o Carlos não dá mão
Aos poetas de verdade.
Dame grande elogio
Por eu ter dor de cabeça
O cérebro não é vazio
Em momentos até pareça.
Inventa-se alguma coisa
Nem que seja a agradar
Não é que seja uma loisa
São palavras de versar.
Dou de fazer à memória
Daquilo que tenho guardado
Fica em nossa história
Alandroal eu fui marcado.
Também gostava de saber
Se é visada ou visado
O seu nome e dizer
Ou terá ser baptizado.
Até há muito pior
A dizer ou a pensar
De certo que há melhor
A fazer nada, e a trabalhar
Tantos gatos e gatas
Só há um milionário
Deu no noticiário
Italiano de quatro patas.
Noticia muito estranha
Que todo o mundo leu
Gato de riqueza tamanha
Quando a dona lhe morreu.
_________________________
Quem me dera um gato
Tratado por Enfermeira
Comia sempre num prato
De comida à maneira
_________________________
Gato que devia de falar
Que ainda não acontece
A quem a riqueza deixar
A Enfermeira o merece
_________________________
EU NÃO QUERO SER MARIA
SÓ NO TEMPO DE NATAL
TENHO MUITA ALEGRIA
E O SORRISO É O SINAL!
NÃO SOU POETA
ACHEI GIRO RIMAR
SOU MAIS "ANALFABETA"
E NÃO ME ESTOU A GABAR.
Vieram mil estrelas
todas a brilhar
qual as mais belas
para te iluminar.
Para te iluminar
em noite de amor
Para te encantar
e te dar calor.
Para uma Mulher com "éme" grande
Em memória de Violeta Parra
I
Olhos de Araucana - de tristeza aguda
Todos os mil fulgores - reflectidos
De terras e mares e gentes de Neruda
Com, e em exílios de longa ausência
Já sem dor.... "solamente" resistência
« Y Miren como Sonrien »
II
Em Valparaíso - se esgota o tempo
Em Santiago - todo o tempo é escasso
Naqueles olhos belos - em contra tempo
Passa todo um mágico, "brujo" país
A que cortaram o tempo pela raiz
« Segun el Favor del Viento »
III
"La Madre" de cantautores novos
De Isabel e Angel Parra - Quilipayún
Victor Jara.... e até em outros povos
Lançou generosa e prolífica semente
Quem, de nós, não tem ainda presente
« La Mazúrquica Modérnica »
IV
"La Peña de los Parra" - adoptou
De Garcia Lorca - "La Barraca"
Arte, Circo, "Amistad" e Poesia levou
Pelo longínquo território andino
Perseguindo um longo "camino"
« Y Arriba, Quemando el Sol"
V
Atahualpa Yupanqui - não tinha contas com Deus
"Viola" querida - contas são com a Humanidade
E quando ensinados "los niños" seus
"Hay enseñado todos los demás"
Que na vida, com honra, se promove Paz
« Gracias a la Vida qué me há Dado Tanto »
Poema bilíngue dedicado a uma grande compositora e poeta Sul-Americana.
« E miren como sonrien »
O Carlos ainda não parou,
Vai muito bem embalado...
Nem se mostrou magoado
Porque alguém o criticou.
Agora que começou
Era uma pena parar…
Nisso nem quero pensar,
Perdia-se um bom poeta
Se parasse antes da meta
Que se propôs alcançar!
Uma canção sem acompanhamento musical. ( a não ser que o Dino lhe vista uma música ).
Apenas palavras. Sem preocupação de rima. Apenas palavras livres, como livres devem ser sempre as palavras. Livres e responsáveis, bem entendido.
É uma canção urbana, semi-erótica, e a que se deve dar algum desconto.
Desconto maior ou menor, consoante a disponibilidade e feitio de quem tiver a paciência de chegar até este comentário.
A Masturbação
Envergonhava-se de si própria.
Caminhava, apressada, para casa.
Uma mulher da sua idade, calculem.
Que cena! .... no autocarro.
O autocarro estava repleto.
Um rapaz, muito novo, levantou-se
E ofereceu-lhe o lugar.
Ela agradeceu e sentou-se.
( Vinha cansada....
Todo o dia de pé....
No balcão da loja,
Pensando no jantar da família. )
O rapaz ficou de pé, na coxia.
Um pouco à frente do seu banco.
Vira, de relance, a cara do moço.
Sentada, apenas via o seu cabelo.
Comprido.
Que lhe chegava aos ombros.
Via o cabelo e o rabo.
Um rabo firme.
Um rabo alçado.
Apertado pelas "jeans"
Uma estranha sensação a tomá-la.
Languidez e luxúria.
Que longe iam os tempos!
Que despropósito era aquele?
Corou e envergonhou-se.
Qual nada.
Caiu-lhe em cima, acumulada,
Toda a tesão de anos....
.... a mala no colo,
A mão entre as coxas.
Encontrou o ponto,
O ponto de cristal.
E massajou .... e massajou....
Agora, já na rua,
Com a chuva miudinha a cair,
A caminho de casa, lembrava....
E dizia para si própria,
Baixinho:
« E vim-me ali mesmo »
Num autocarro repleto de gente.
Gente de regresso a casa.
Vinda do trabalho.
O Vibrador
Andava deprimida.
Desde o divórcio.
Tinha que arrebitar.
Assim, acabaria por cair.
Mas aquela noite prometia.
Estava a preparar-se :
Calcinha de renda preta,
Soutien sem alças,
Cinto de ligas.
Preto, também.
Vestido de seda.
Seda preta.
Chanel.
Colar de pérolas.
O baton mais escuro.
Gótico.
Contrastando com a pele branca.
Uns pingos de perfume,
Aqui e ali.
No pescoço.
E no interior das coxas.
Sapatos italianos.
De tiras, com salto agulha.
Era hoje.
A ementa : Cozinha francesa,
Depois, copos no bar.
Já de regrsso a casa,
Segredando :
« Meu querido, meu querido! »
Despiu-se muito lentamente
E abriu a mala.
Tirou o vibrador.
Depois....
Só se ouvia o suave zumbido do aparelhinho eléctrico ....
.... E os gemidos dela....
O negocio tem um segredo
Em alimento do passa-fome
Fazem erros sem ter medo
Dando trabalho ao nome.
________________________
Eu mostro o que sei dizer
E mostro que me roubaram
Mostro o que sei fazer
Só mostro o que deixaram.
________________________
Vamos acertar o passo,
caminhar sem descambar;
É um "alerta" que faço,
cada coisa no seu lugar...
Palavras bonitas para quê?
Se ainda sou ofendido
Se não é a mim que me vê
Um que nem há-de ser marido.
_________________________
Há muito para dizer
E muito para contar
E muito para fazer
Com muito para acabar.
________________________
Não aceitam que eu fale
Quem me estragou a vida
Os parasitas o meu mal
Com pena à minha casa crida.
________________________
Depois do meu acidente
Arte que tinha e contava
Metia nos olhos de gente
Artesanato que acabava.
_______________________
Há quem tenha tanta dor
De não me terem matado
Essa gente tenho agôr
A Tribunal são chamado.
______________________
Depois do acidente
Começa minha desgraça
A vontade eminente
Pensei arrojar a asa.
_____________________
Tive grande ilusão
Reparei que era cocho
Fiz a asa em carvão
Logo cantou um mocho.
AQUELA MOÇA MORENA
QUE TANTO ME FAZ PENSAR
TENHO QUE ENTRAR EM CENA
E DEIXA-LA CONQUISTAR.
Poesia de malícia
não me "gusta" mesmo nada
É a minha opinião
podem nem me dar razão,
acredito que o Rosinha
arranjará outro dia
pra deste tema tratar,
vamos continuar
com bela poesia
que nos dá muita alegria
e sobre a mulher falar.
Dou-me bem com toda a gente
Toda a gente se der bem comigo
Conversar frente a frente
Falando sempre como amigo.
__________________________
Rosinha tu és alguém
Dou valor ao pensamento
Comentários só por bem
Não a algum fraudulento.
________________________
Vamos desejar bom Natal
A seguir um bom Ano Novo
O meu desejo principal
Boa sorte a todo o povo.
________________________
MULHER:
Não deixes que te "vistam" assim...
andrajosa e com vestes tão ruins...
Ergue-te, luta, e depois saberás,
como SER HUMANO, do que és capaz!
Uma MULHER!!!
ÉS FILHA
ESPOSA E MÃE,
COMPANHEIRA E AMIGA,
OPERÁRIA, DONA DE CASA,
CONFIDENTE E LUTADORA!
MAS ACIMA DE TUDO...
ÉS MULHER!!!
Embora fugindo ao Tema, não resisti a escrever:
ALANDROAL, Terra mui Minha,
que m'embalaste em pequenina
AS MINHAS VELHAS AMIZADES...
RECORDO COM MUITA SAUDADE!!!
ALANDROAL..., B O M N A T A L !
As minhas recordações.
Pessoas que nos deixaram
Nos meus 41 ano de idade
Antes queridos já partiram
Lembro minha mocidade.
__________________________
Ás vezes ponho-me a pensar
Alandroalenses que conheci
Não sou capaz de contar
As saudades que vivi.
_________________________
A memória não é tudo
Recordando o passado
Com a ideia no futuro
Cada vez mais cansado.
A INSPIRAÇÃO FUGIU
MAS ISTO NÃO É FATAL
SÓ ALGUÉM SENTIU
QUE É POR SER NATAL!
ANDA TUDO ATAREFADO
A COMPRAR OS PRESENTINHOS
O BRAÇO ESTÁ CANSADO
DE FAZER OS EMBRULHINHOS!
A mulher do paraíso
Eras to de certeza
Se tive-ses de juízo
Como tens de beleza.
Subi a um eucaliptre
Com tê retrato na mão
Desecaliptrei-me lá de cima
Bati com os cornos no chão
Ó Maria traz-me a escada
Quê nã chego lá cu banco
Estou velho e manco
Já nã enxergo nada
Grande poeta é o povo
Que faz versos sem rimar
Aí tens a escada Maneli
Cu banco nã vás lá chegar
Rosinha não podes parar
esta é a voz do povo
tens que continuar
com a vinda do ANO NOVO!
Com a vinda deste Ano Novo,
mais tristezas vão surgir;
Quem paga sempre é o POVO...
O que estará mais para vir?
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