Hoje de manhã, num breve zaping pelos jornais nacionais online deparei-me com mais um artigo em que o Alandroal é dado como um exemplo. O exemplo de como o Pais chegou onde chegou e o porquê de tanta austeridade.
É um artigo no Expresso de Henrique Raposo, na sua crónica "A tempo e a desmodo", ora leiam:
Querem os subsídios de férias? Olhem para aqui
A reposição dos subsídios de férias/natal não depende da bondade do governo, mas das possibilidades financeiras do país.
Como dizia Daniel Bessa, a questão passa por saber se os subsídios
"algum dia poderão ser repostos" e, neste sentido, "a única tarefa
colectiva" que "deveria interessar os portugueses" é "saber o que
deveríamos fazer para que algum dia fossem repostos" (Expresso,
21 de Abril). Ou seja, a reposição dos subsídios não depende dos humores
de Vítor Gaspar, mas sim de uma mudança estrutural. É bom lembrar que,
até ao advento da troika, o dia-a-dia do Estado (salários, subsídios e
afins) foi alimentado por aumentos de impostos e emissões de dívida.
Como já se percebeu, esses dois caminhos chegaram ao final da linha. O
regresso dos subsídios depende, portanto, de duas mudanças. Primeira:
conseguimos ou não uma redução do peso do Estado? Segunda: conseguimos
ou não equilibrar a balança entre importações e exportações?
Sobre o primeiro ponto, vale a pena ouvir de novo
Daniel Bessa: "quando tem de escolher, a sociedade portuguesa está
sempre do lado da despesa, nunca lhe ocorrendo, no entanto, que todas as
áreas da despesa podem ser aumentadas (inclusive a reposição dos ditos
subsídios), desde que outras sejam diminuídas". Tradução? Se quer os
subsídios de volta, o funcionalismo público devia ser o primeiro a estar
interessado na separação entre o trigo e o joio da Administração
Pública. Um exemplo prático: o Concelho do Alandroal tem cerca de
6200 habitantes, mas tem 1 funcionário público por cada 30 habitantes e
uma dívida de 4500 euros por habitante. São necessários todos aqueles
funcionários? Como é que um Conselho tão pequeno acumulou uma dívida tão
grande? Aquele Concelho é necessário? Não podia ser fundido com outro?
Enquanto não fizermos estas perguntas e a consequente separação entre o
essencial e acessório, a reposição dos subsídios estará comprometida.
Como dizia Teodora Cardoso, as metas a curto-prazo eram impossíveis de
alcançar sem o corte dos subsídios, e - mais importante - esse corte deu
margem para se tomarem outras medidas, sobretudo a reestruturação da
Administração Pública (Negócios, 20 de Outubro de 2011).
A par da reestruturação do Estado, outro ponto devia estar debaixo de
olho do tal esforço colectivo indicado por Daniel Bessa: o défice
externo. O nosso Estado e a nossa sociedade são dependentes do dinheiro dos outros,
do crédito externo. Isto sucede porque o país importou muito e exportou
pouco, sendo por isso incapaz de gerar poupança interna. Desde a
compra de um T2 em Famalicão até ao subsídio de férias da funcionária
pública de Viseu, tudo dependia, em maior ou menor escala, do dinheiro
que o Estado e bancos pediam lá fora. A tal austeridade é somente
o fim deste modo de vida artificial. Ora, enquanto não conduzirmos o
país para um equilíbrio da balança de pagamentos, a reposição dos
subsídios será complicada. Até porque esse equilíbrio externo é uma
condição sine qua non para que os tais mercados voltem a confiar
em Portugal. E sem o dinheiro dos malvados mercados não há subsídios
para ninguém.
10 comentários:
nao devem de chegar pois o grilo poe mais pessoal em ajustes directos.
Ajustes de 2009
Touradas
Artistas
Viagens
Tendas.
Tudo coisas que ajudaram muito a desenvolver o concelho...
Já não enganas ninguem, nem aqueles que comiam à tua custa.....
Esse sr Raposinho acha que são os funcionarios publicos os culpados de todos os males do país não???Com jornalismo deste calibre não admira que eles façam o que querem.Rpazola informe-se antes de escrever baboseiras encomendadas
E agora,
MAQUINAS DE CINEMA 3 D,
CENTRO ESTUDOS ENDOVELICOS SÓ PARA TACHOS,
CONTRATAÇÃO PARA LIGAR E DESLIGAR CONTADORES,
RECUPERAÇÃO DO CASTELO E ESPECTACULOS CAROS E INTELECTUAIS,
ARTISTAS,DINHEIRO COM FARTURA PARA AMIGOS, ANJOS E AFINS,
CONTRATAÇÃO DE FESTAS SEMPRE AOS MESMOS SEM CONSULTAS A OUTRAS EMPRESAS,
TENDAS ALUGADAS SEMPRE AOS MESMOS SEM CONSULTAS A OUTRAS EMPRESAS E COMPARAÇÕES DE PREÇOS,
VIAGENS, HOTEIS DE 5 ESTRELAS, RESTAURANTES DE LUXO PARA , FAMILIARES E AMIGOS E AMIGOS DOS AMIGOS.
MUDANÇA NENHUMA O REGABOFE É O MESMO OU PIOR, MAIS VALIA ESTAREM CALADINHOS.
O Nabalismo na sua oposição anónima está como peixe em águas turvas....
Espectacular a frase do anónimo de 3 de Julho de 2012, às 18h00!
ESPEREM PELAS PROXIMAS ELEIÇÕES E LOGO VÊM AS AGUAS TURVAS.
"A Comissão Concelhia do Alandroal do PCP lembra, ainda, que nem sempre tem estado de acordo com as opções de gestão feitas pela força política que hoje detém a maioria na Câmara, se a CDU fosse a maioria na Câmara não tinha seguido alguns dos caminhos, contudo atendendo a que não foram essas opções que conduziram o município a esta gravíssima situação financeira, acusando ainda os eleitos do PS na Câmara de atirar as responsabilidades para cima de terceiros, escamoteando o cego alinhamento com as políticas definidas pelos seus governos que resultaram na situação que é pública e de no espaço de 8 anos ter destruído o elevado património de prestígio, de confiança e de gestão transparente em prol das populações.
Para reforçar a sua afirmação o PCP recorda que o Município tem uma dívida que se aproxima dos 30 milhões de euros, dos quais 7 milhões a fornecedores."
Mas o sr. raposo não escreve sobre os cidadãos (PORTUGUESES) que auferem 167 mil euros de pensão mensal de reforma, porque será?
E de quem aufere salários de 30 mil euros mensais, como por exemplo na RTP a Catarina Furtado?
Além do mais a população do concelho não atinge os 6,2 mil habitantes nem os funcionários PÚBLICOS são 207 como, a média extraída das suas erradas contas PRETENDE que se encaixe.
Deia-se-lhe a "menoridade de interesse" que a sua parvónia escrita merece.
Este senhor brevemente será exposto na praça do mercado para auferir o salário que o conselho de redacção LHE QUISER CONCEDER.
Que é o que vai acontecer AOS TODOS DEMAIS.
Trabalhar para comer e???
COITADOS...
Se o Governo acha que há funcionários públicos a mais, porque autoriza que pela porta do cavalo, tanto nos Municipios como no próprio governo e Instituições públicas se contratem mais funcionários. E o chorudos ordenados pagos no nas empresas públicas? E as reformas multimilionárias por bons serviços prestados á Nação? O Esbanjamento começa pelo estado e tem sido prática desde há vários anos.
Em relação aos subsidio que foram retirados ilegalmente, já alguns de de uma maneira menos legal o meteram no bolso. Os biliões de euros desviados por actos de corrupção, é que deram origem a estes cortes, julguem os corruptos, façam-nos pagar o que roubaram e a crise acaba imediatamente. Se todos os meses mudassem de governo, todos os meses esses senhores mudavam de carro, deslocações, cartões de crédito etc. Acabem com todas as mordomias aqueles que vivem á custa de quem trabalha.
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