Decorrido mais de uma ano vou voltar a falar de uma das mais novas espécies introduzidas no Alqueva, o bagre de canal. Se bem se recordam, no principio do ano passado foi aqui registada a primeira aparição desta espécie no Alqueva e na altura o que escrevi aqui podem ver clicando aqui bagre de canal ou aqui luciogato!
Há quinze dias atrás, vieram-me parar 11 bagres ás mãos, literalmente e de uma forma acidental, eu explico. Como é do conhecimento de alguns, no Domingo de Festa de Setembro é disputado já há alguns anos o Troféu Vila de Alandroal em pesca e eu e mais dois Marujos, decidimos ir fazer um treino a Juromenha, local da referida prova.
A ideia era estudar a profundidade dos pesqueiros, apurar as espécies em maior abundância e a forma de comer das mesmas. Mas esse Domingo de manhã reservou-nos uma surpresa, depois de três horas debaixo de calor intenso, não tínhamos capturado, nem uma carpa, nem barbos, nem pimpões, nem peixes gatos, nem sequer uma ablete, estes os peixes mais conhecidos naquela zona, mas para surpresa nossa tínhamos capturado 11 bagres, todos com cerca de 400g.
Uma bacia cheia de bagres |
O treino tinha-nos saído "furado", mas face a tantas capturas iríamos testar as capacidades gastronómicas deste peixe e ficou logo ali decidido, eu iria fazer a experiência fritando-os e o meu irmão "Jota" e face à caracteristica destes silurídeos, iria tentar uma caldeirada refogada, tal como se fazem as caldeiradas de enguias, com pão frito e tudo!
Tanto de uma forma como de outra, o êxito foi estrondoso, fritos posso-lhes garantir que ainda são melhores e mais gostosos que o lucioperca, o peixe da moda, e a caldeirada estava "uma coisa nunca provada"! Mas muito aprovada.
O lucioperca teve o êxito que teve e continuará a ter, mas o bagre também não se vai ficar muito atrás, pois as suas qualidades gastronómicas são imensas e tem tudo para ser um peixe muito apreciado, até o seu arranjo é moderamente fácil, o unico senão é o cuidado que há a ter com os espigões laterais, pois no caso de nos picarmos neles, libertam uma toxina que é muito irritante para a pele. Mas quanto ao resto é fácil a sua limpeza, não tem escamas, mas sim uma fina pele que não precisa de ser removida. Quanto ás sempre incomodas espinhas, não há problema, o bagre só tem a espinha dorsal. Removem-se as tripas e atira-se a cabeça fora e fica pronto a ser confeccionado.
Vejam aqui o principio da saga lucioperca: http://alandroalandia.blogspot.pt/. O Alandroalandia foi pioneiro e principal impulsionador do aproveitamento gastronómico do lucioperca, espero agora também ser impulsionador do aproveitamento de mais uma nova espécie.
Já agora deixem-me dizer mais uma curiosidade, no fim de semana seguinte, há 8 dias atrás portanto, fomos para o mesmo sitio tentar capturar mais bagres e aperfeiçoar a captura daquela espécie para um possível aproveitamento no concurso de pesca, mas eis que os peixes mais uma vez nos trocaram as voltas, nesse Domingo só conseguimos capturar carpas, como podem ver na foto abaixo, mas essa regressaram todas á água, pois não somos grandes apreciadores de carpas.
Eu as "minhas" carpas, a maior pesou 2,820kg. |
Um comentário:
Rosinha belo peixe pró meu gato, estou a mangar, mas que é uma bela carpa,é, parabéns, já faz um belo assado, ou então grilhada:
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