domingo, 15 de fevereiro de 2009

AS TERTÚLIAS DE SEXTAS À NOITE

Todas as sextas-feiras à noite (Excepções incluídas), Eu e um grupo de amigos reunimos num determinado local para debater os mais variados temas da sociedade de uma forma leviana. Com a autorização dos Tertulianos, vou passar a informar os leitores das “alarvidades” conseguidas nessas noites.

Ontem estiveram presentes, o Bichano, Ku-adrado, Águia e Eu. Faltaram Aphia e Reileão. O Aphia apresentou justificação da falta via e-mail, ao que parece perdeu o pio, Eu diria antes que “gripou”, é o que dá misturar água com óleo da adega . O Reileão, levou um cartão amarelo, desmarcou em cima da hora.

Voltaram a estar presentes os quatro observadores da semana passada, são eles: Verguinha, Tá-ta-rá-tá, Poeta e Kácos.

Ordem de trabalhos:

1. Jaquinzinhos fritos com Migas de Tomate, acompanhados por uma salada de alface com tomate.( Este ponto é variável semanalmente ).

Boas as Migas, os Jaquinzinhos é que não eram muito amigos dos hipertensos.

2. Discussões infundadas, sobre matérias que não percebemos. ( Este ponto é invariável).

Assuntos poucos, mas sérios e preocupantes. Dividas das Câmaras e Taxistas à beira de um ataque de nervos.

Segundo informações da Tá-ta-rá-tá, em Évora há pequenos empresários a ir à falência porque a Câmara local « leva anos a pagar aos pequenos fornecedores ».

Pois minha amiga, infelizmente esse mal é geral, acontece em Évora, Alandroal, Vila Viçosa, Estremoz... e o problema é que não são só as Câmaras, é a ARS que não paga atempadamente aos Bombeiros e Taxistas, o ministério da Saúde não paga aos farmacêuticos, etc., etc.

Foram as próprias instituições do Estado, com a sua política continuada de “calotice”, que transformou muitos empresários e cidadãos cumpridores em novos caloteiros.

E agora está tudo transformado num ciclo vicioso, difícil de contrariar. Mesmo que comece a haver dinheiro, as pessoas estão habituadas de tal forma a ficar a dever que já não têm vergonha de não cumprir os seus compromissos. Alguns até já têm “Curso de Caloteiro”, adquirido por vivências passadas.

Quanto aos Taxistas, soube esta semana que a ARS de Évora, decidiu retirar-lhes todos os serviços de transporte de doentes que carecem de credencial.

Na tertúlia, as opiniões foram diversas, uns advogavam que esses serviços deviam ser entregues aos bombeiros, porque precisam de ser financiados de alguma maneira e os seus condutores e viaturas estão mais preparadas para esse tipo de serviços ou que os taxistas andaram a abusar uma data de anos, porque negavam serviços a particulares e dedicavam-se quase a 100% ao transporte de doentes.

Os táxis de facto, foram inventados para estarem na Praça e servirem como carros de aluguer, destinados ao transporte de passageiros e não de doentes.

Mas a prática até aqui tem sido outra, num passado ainda recente, talvez porque os bombeiros não tinham viaturas suficientes, foi dado aos taxistas a possibilidade de fazer o transporte de doentes para consultas e alguns tratamentos.

Numa região pouco povoada como a nossa e com a banalização do transporte próprio, a procura de táxis foi diminuindo drasticamente, pelo que os taxista viram naqueles serviços uma maneira de rentabilizar o seu negócio.

Agora em tempo de crise e quando o sustento da família vem dos serviços que o táxi possa fazer, retirarem-lhe os serviços da ARS Évora, pode ser o desaparecimento de muitos táxis e a dificuldade de sobrevivência dessas famílias.

Pelo que na minha opinião seria de bom senso, fazer essa alteração gradual, isto é continuarem a fazer alguns serviços de consultas para a ARS, em que os utentes não necessitem da assistência de um socorrista. Deixar que os taxistas se vão adaptando a outro tipo de serviços, que eles próprios possam descobrir.

Uma sugestão, porque não fazer contratos mensais com as câmaras para transporte de crianças para as escolas. Nalguns casos poderia até ficar mais barato para as câmaras e aos taxistas dava-lhes tempo de se adaptarem à nova realidade. Pensem nisso.

Não sei se já se deram conta, mas esta semana ainda não vos falei da “alarvidade”. É difícil, quando faltam os dois maiores “alarves”, Aphia e Reileão.

Restou-me o maior aprendiz de alarvidades, o Bichano, que se descartou com esta.

« ENGANEI UM MARROQUINO, comprei-lhe um kispo por 10€, e é muito melhor que aquele COLETE SEM MANGAS do Águia!».

Enganar marroquinos e coletes com mangas!?

Até para a semana.

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