quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Castelo de Alandroal - O Grito dos Antepassados


De: João Cardoso Justa

Castelo do Alandroal
Por fim, o Grito dos Antepassados…

Antes de abordar as particularidades que motivaram este título, e, por julgar pertinente a publicação assinada pelo ex-arquitecto da Câmara Municipal, gostava de tecer sobre esse texto uma breve reflexão - Vejamos que mensagem nos transmite, basicamente, o técnico que acompanhou desde o início este projecto, dito de “requalificação” do Castelo - Enfatiza, no fundo, com a sua perspectiva profissional o que qualquer cidadão atento pode verificar. Que, apesar do avançado estado de deterioração da estrutura (talvez fosse boa ideia alguém da Proteção Civil verificar que o torreão virado a Sul está na iminência constante de tombar sobre as casas), e do consequente empobrecimento do património, os responsáveis autárquicos optaram por encomendar a um arquitecto “da moda” a planificação de um recinto de festas no seu interior (quanto terá custado esta “modernice”?). Por comparação, é como se o telhado da nossa velha casa estivesse prestes a ruir e, num afã de grandeza, contratássemos um “designer” futurista para nos remodelar a sala, e impressionar pela magnificência, os amigos e cúmplices das festarolas e jantaradas. “Show off”, fotos de inauguração, sorrisos iluminados, e Festa(!), que é disso que “a malta” gosta. 

«Se és sábio, não eduques o povo, o povo na ignorância permanecerá feliz» (vem nos Vedas, esta “receita” com mais de 5000 anos).

Fica pois, assim demonstrado, o respeito, a consciência cultural, e, sobremaneira, as intenções destes “políticos” perante um dos valores (desfeitos os outros por ambição e ganância a coberto de ideologias políticas) que ainda nos ligam, e a partir dos quais poderemos reinventar uma nova sociedade mais solidária e justa – a Verdade de quem somos, a nossa História, o caminho traçado desde há milhares de anos por homens que, num simples aperto de mão ou palavra dada, firmavam contratos mais honestos que as escrituras notariais dos dias que correm. Chamava-se “Honra”, essa forma de andar de cara levantada e limpa. Lembram-se? Possivelmente poucos entenderão ainda o sentido que lhe está subjacente e a sua fundamental importância em qualquer sistema social. E poucos, entenderão portanto, que a podridão e a falência da sociedade em que vive o Concelho e o País, deriva da substituição da honorabilidade, da verticalidade, por esta política de “faz de conta”, de engano, de venda do sucesso imediato, de um novo-riquismo em que a riqueza é a ignorância, de ilusões de segurança laboral a quem é impreparado e incapaz (saberemos o resultado quando a verdadeira Reforma do Poder Local imposta pela famigerada Troyka, [depois das eleições, é evidente, que os partidos têm travado esta reforma] colocar no desemprego a maioria dos funcionários que “os Padrinhos” têm acumulado, ou apilhado, na Câmara). E é desta inconsciência, desta ligeireza, desta escolha do fútil, do brilho imediato embora fugaz, que deriva toda a incúria, toda a incompetência que atravessou transversalmente todas as governações da nossa terra e, agora, (voltando à “vaca-fria) causou esta problemática “dor de cabeça requalificada” em que se transformou a obra do Castelo.

Do idealizado e "modernaço" salão de bailes e discotecas, emergem agora, por todos os lados, de épocas diferentes, intrusos, “desmancha-prazeres”, “desmancha-inaugurações”, os esqueletos e os vestígios de vida dos nossos Antepassados (quem poderia adivinhar um fenómeno destes?...). «Malditos Antepassados! Até a procissão das Festas está em risco!... Isto é coisa que se faça? Numa altura destas, depois de milhares de anos, é que se lembram de aparecer? Nem a Nª Sra. Da Conceição (as duas), nem o padre brasileiro, e, muito menos, a nossa Presidência, merecem tal desconsideração!!...».  Quer dizer, construiu-se no interior de um castelo carregado de História (teimosamente recusaram que assim seja) com a mesma sensibilidade com que se faz uma estrada, ou um aterro, num qualquer terreno baldio, e o resultado está à vista, ou estava, agora, possivelmente para taparem as atrocidades cometidas, trabalham, envergonhados, sob a cobertura de uma enorme rede. Ora, dizem os nossos pescadores, “existem peixes que nem com rede se apanham”, e, foi possivelmente algum, que, Anónimo, me enviou várias fotos desse ambiente escondido dos alandroalenses, em que gente alheia e insensível, remexe a seu belo prazer nos ossos dos nossos antepassados e destrói os fundamentos da nossa História. E, por desgosto meu e de quem tem consciência do valor que estas estruturas encerram, o que essas fotografias contam (e daí, o reforço da vergonhosa rede) é que outro CRIME arqueológico foi cometido junto às escadas da igreja.

Outro piso, este em xisto, (o outro destruído, é de tijoleira) enorme, e que aflora por baixo das escadas de mármore que conduzem à Igreja, estendendo-se (os vestígios são nítidos) até FORA do Castelo por sobre as sepulturas aí encontradas, foi também decepado, para todo o sempre, pelos dentes das máquinas do empreiteiro.

Senhores representantes do poder autárquico, senhor Presidente da Câmara do Alandroal, têm toda a autoridade para construírem os recintos de diversão que quiserem, mas NÂO TÊM O DIREITO DE DESTRUIR O NOSSO PATRIMÒNIO. Isso é um crime, tem consequências como devem saber, e por elas responderão! Foram V. Exas. avisadas, repetidamente alertadas, mas o uso do poder parece tornar as pessoas autistas, e agora aqui têm este lindo resultado – há esqueletos quase no meio da estrada e, (ò Azar dos Azares) lembraram-se agora, no Domingo há procissão… «Há que tapar tudo!! Venham antropólogas aos pares, venham arqueólogos aos molhos!! Há que tapar tudo que, com isto das procissões, o povo é bravo!!» -  São as ordens da nossa “Inteligenzia”… E tudo isto é ridículo, e tudo isto é trágico, e tudo isto é de uma pobreza intelectual absoluta. E, quando pensamos que é nas mãos desta classe de pessoas que o Concelho (e o País) está entregue, fica em nós, latente, incómodo, o peso da repugnância.

Por fim, o Grito dos Antepassados… E este Grito, vai “direitinho” para todos os técnicos, todos os cientistas, os seus pseudónimos, os engenheiros reformados (vivem á custa de reformas, é verdade), os companheiros e… e mais nada, que são os mesmos. Vai para todos afinal que, desde a publicação no Al Tejo da minha pesquisa sobre Lacóbriga, nestes blogues me acusaram de ignorante para cima, e para baixo sobretudo, quando defendi a existência de estruturas bastante mais antigas no local onde hoje se ergue o Castelo. «Aqui d´el Rey D. Diniz!!! Bradaram de mãos na incredulidade esses “génios” sapientes. E agora?... Agora, meus senhores… Agora o que bradam? Agora que, à vista de todos, o Castelo está construído sobre um cemitério e um vasto piso de xisto que indicia outras construções, o que argumentam V. Exas.?... Enfiaram o cemitério e as restantes estruturas por baixo das muralhas? Na verdade, basta de ridículo, meus senhores e minhas senhoras! E mais vos digo (agora que me parece desnecessário voltar a escrever sobre este assunto) – muito frágil seria o meu estudo e todo o trabalho que nele empenhei se, contasse com a sua validação por “arqueólogos ou candidatos” de província, pois, cujos conhecimentos históricos correspondem à sua dimensão. È a outro nível, noutros locais, entre eruditos da Antiguidade que a minha teoria será estudada quando a apresentar formalmente. 

Em boa verdade, se os crimes de destruição que efectuaram, não ensombrassem de luto todo este processo, até vos deveria estar grato por demonstrarem, no terreno, o que concebi por raciocínio.

Resistiram até ao limite, estrebucharam, espernearam, inventaram datas (a responsável daquele Centro Interpretativo Que Não Se Sabe O Que É, numa semana, mudou de opinião dez séculos, mil anos(!) sobre a datação das estelas (funerárias), de tudo fizeram para esconderem o passado mais remoto desta gente, mas foram eles, os nossos Antepassados que, num GRITO desesperado, no último metro da escavação, do interior DAS CAMPAS ENCONTRADAS FORA DO CASTELO, quem gritou – Estamos aqui! Esquecidos! Apagados da História! BASTA DE ESQUECIMENTO! CONTEM A NOSSA HISTÓRIA!!!...
E é esse grito, que vos perseguirá ao longo da vossa pouco promissora carreira.
Passem bem, e boas Festinhas...
João Cardoso Justa


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Motorklub de Alandroal promove encontro "máquinas raras"


Alandroal United vai ter equipa de futebol sénior

Noticia retirada do blogue do Alandroal United

Estamos em condições de avançar que a Associação Alandroal United vai ter uma equipa de futebol sénior, para participar na Taça "Fundação Inatel". 

Após uma reunião dia 25 de Agosto entre direção, equipa técnica e futuros jogadores, concluímos estarem reunidas todas as condições para que o futebol regresse em grande ao Alandroal. 

A composição da equipa será anunciada após o início da pré-época, mas podemos avançar que os jogadores são, quase na sua totalidade, do Alandroal ou do seu concelho. A pré-época tem início dia 4 de setembro no campo de jogos José Vitorino, em Terena, até que o Complexo Desportivo de Alandroal reúna todas as condições de utilização, o que estará para breve. 

Queremos agradecer à Câmara Municipal e à Junta de Freguesia da Nossa Senhora da Conceição pelos apoios, ao Juventude Sport Alandroalense pela cedência de material desportivo e ao CCD Terena, em especial ao nosso amigo Carlos Ribeiro que, mesmo não pertencendo oficialmente à Associação, está sempre disponível para ajudar e fez um trabalho de diretor desportivo de fazer inveja a grandes senhores.
 Mais notícias em breve.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Programação das festas de Alandroal

Alandroal Recebe Festas de Setembro e Semana da Juventude 2012
Praça da República será o Centro das Festividades

O Alandroal prepara-se para receber mais uma edição do Festival da Juventude e das tradicionais Festas em Honra de Nossa Senhora da Conceição, entre os dias 30 de Agosto e 03 de Setembro, onde a animação, a cor, a alegria e o convívio prometem ser as notas dominantes. As obras no interior do castelo e a necessidade de reduzir custos fazem com que todas as actividades deste ano se concentrem na Praça da República, Largo da Matriz e Rua João de Deus.

Com efeito, com um orçamento ainda mais reduzido do que em anos anteriores, sem esquecer que este é um importante momento de convívio, afirmação local e promoção do concelho, o Município preparou um conjunto de actividades abrangentes e transversais, em colaboração com as associações do concelho, que procuram agradar a toda a população. 

Os primeiros dias das festividades (30 e 31 de Agosto) são dedicados aos mais jovens. As actividades desportivas, a animação nocturna, os concertos e as garraiadas estarão em evidência nestes dias. De destacar a participação do Esquadrão de Reconhecimento do RC3 de Estremoz, que vai possibilitar aos jovens do concelho e a todos os interessados o contacto com a vida militar através de passeios em viaturas blindadas ou a realização de baptismos equestres.

A noite de sexta-feira, dia 31 de Agosto, reserva ainda uma grandiosa Corrida de Toiros, com João Moura, Rui Fernandes e o jovem Rui Guerra, natural do concelho. Para pegar os 6 touros “Conde de Arriaga” estarão em praça os forcados amadores de Redondo, Ribatejo e Aposento do Alandroal, que disputam o “Troféu Sousa” para a melhor pega.

Já no sábado, dia 01 de Setembro, os amantes dos motores terão a oportunidade de assistir, ou participar, no Encontro de Carros Personalizados do Motorklub de Alandroal. A noite de Sábado reserva ainda um espectáculo com Rouxinol Faduncho, que apresentará o seu mais recente trabalho “Formidável Bigode”, um espectáculo criado para “dar um bigode à crise”! Para Domingo está marcado um momento inédito, com a actuação da Banda do Centro Cultural de Alandroal, que acompanha ao vivo os fadistas locais.

Mas porque as Festas em honra de Nossa Senhora da Conceição são muito mais que concertos e espectáculos, os bailes tradicionais, o artesanato e as tasquinhas com petiscos locais também estarão em destaque. 

Fonte: Gab. Imp- do Município de Alandroal.

Em baixo a divulgação das várias atividades:





quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Alandroal, toponimia das novas áreas de expansão urbanistica

Decorre até ao dia 31 de Agosto de 2012 a consulta pública sobre a atribuição de nomes de ruas e respetiva numeração de polícia previstas nos novos loteamentos da vila de Alandroal

Caso pretenda fazer chegar a sua sugestão/correção, deverá preencher uma ficha propria e fazê-la chegar à subunidade de Urbanismo e Ordenamento do Território do Município por carta ou por correio eletrónico (urbanismo@cm-alandroal.pt) até à data limite.

Planta com os loteamentos em causa

  Em baixo fica o link para a página do site do município onde tem a informação completa: 

Fonte: Gab. Imp. Município de Alandroal.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pesca Desportiva, a captura de achigãs

Com a retirada de algumas toneladas de peixe da Barragem do Lucefecit, alguns pescadores desta zona andam desolados, a pensar quão difícil deve ser pescar daqui para a frente!

Nada mais errado, foi o que pensou o Joaquim Fernandes de Santiago Maior. O Concelho de Alandroal não é só o Lucefecit, felizmente esta zona é fértil nesse bem precioso que é a água e vai dai, foi tentar a sua sorte da pesca noutro lado, o Alqueva, que é tão perto de Santiago Maior, quanto o Lucefecit.

E não se deu mal, pois já esta semana conseguiu uma excelente pescaria de achigãs, quinze ao todo, sendo mais ou menos todos do mesmo lote, cerca de 500 gramas cada um. Também apanhou um lucioperca com cerca de 1,00kg.

Como já antes referenciei, a pescaria foi no Alqueva e a amostra utilizada foi uma Zoom Fluke jn. 019, comprada na Al-sport, como não poderia deixar de ser!


Joaquim Mamede mostra a  sua pescaria
Já agora permitam-me falar aqui um pouco da recolha de peixes que está a ser feita na Barragem do Lucefecit. Tem havido alguma polémica, uns estão contra, outros estão só contra o modo como está a ser feita, outros estão a favor.

É claro que eu como comerciante no ramo da pesca sou afectado pela escassês de ciprinideos que se avizinha na referida barragem, mas tal como o Joaquim Mamede, também eu penso que há mais água para além desta seca e do Lucefecit. Não se pesca ali, pesca-se noutro lado.

E depois há factor muito importante em relação à Barragem do Lucefecit, o principal objectivo da barragem ao ser construída, não foi para a pesca, foi para o regadio. Ainda que a sua água possa ser utilizada para outros fins, tais como a pesca, isso não invalida que a sua prioridade seja o regadio, por isso, antes de qualquer coisa, terá que se proteger  as culturas que estiverem a ser exploradas na altura.

E mais, diz-me a experiência, que a retirada dos peixes tal como está a ser feita, são retirados só os exemplares maiores, é benéfica para a reprodução das espécies a médio prazo. Dentro de 3 a 4 anos vamos ter ali muitos mais peixes, do que aqueles que temos agora, vai haver maiores criações, mais exemplares e sobretudo mais juvenis a alcançar a idade adulta. Pelo menos foi assim que aconteceu noutras barragens que passaram pelo mesmo processo. 

Há no entanto uma condicionante que se vai revelar pela primeira vez, a presença de luciopercas. Esse grande devorador das espécies autóctones pode ter uma palavra a dizer no (des)equilíbrio das espécies mais abundantes nesta barragem.

A curto prazo saberemos a influencia que esta nova espécie terá na fauna marítima das nossas águas.

Manuel Varandas

MODERAÇÃO DE COMENTÁRIOS

O Alandroalandia foi fundado em novembro de 2007 e nos primeiros tempos os comentários não sofreram qualquer tipo de moderação, pois não achava que fosse necessário, porque os comentadores entravam aqui e participavam de uma forma construtiva e civilizada, mas o verão quente de 2009 veio modificar isso e começaram a entrar comentários manifestamente ofensivos para várias pessoas, o que me levou a activar a moderação de comentários desde então.

Moderar comentários num espaço destes é uma tarefa árdua e nem sempre fui bem compreendido, possivelmente algumas vezes também posso ter sido injusto para um ou outro comentador, mas tenho de consciência tranquila, pois tentei sempre ser o mais justo e imparcial possível. Ainda assim, sou de vez em quando criticado na maneira como faço esta moderação. 

Para que mais nenhum leitor se sinta injustiçado, vou  passar a "bola" para o lado dos comentadores e a partir hoje e indeterminadamente  os comentários só serão aceites se o comentador se identificar de alguma forma. Terá de ser através da Conta Google aberta, ou enviando directamente o comentário para o e-mail do administrador:
alsport.varandas@gmail.com

Espero uma enorme retracção na entrada de comentários, mas também espero que as forças activas deste concelho participem mais neste espaço de discussão, principalmente aqueles e aquelas que sempre defenderam que só participariam se os comentadores tivessem rosto.

Mas sobretudo espero compreensão aos leitores do Alandroalandia por esta tomada de posição.

Vamos ver no que vai dar!

Manuel Varandas.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Alandroal - aviso de corte de água.

Em baixo a planta assinalada a azul com a zona afectada.


Município de Alandroal Estabeleceu Protocolo Com Gesamb Para a Recolha de Resíduos de Construção (RCD)

Os empresários e particulares do concelho de Alandroal já têm um local onde podem depositar os seus Resíduos de Construção e Demolição (RCD), fruto de um protocolo assinado entre o Município de Alandroal e a Gesamb - Empresa de Valorização Ambiental, que está em vigor desde o passado mês de Julho.

O protocolo surge enquadrado pelo Decreto-Lei nº 46/2008 de 12 de Março e tem como objectivo possibilitar aos empresários e particulares do concelho direcionarem os seus Resíduos de Construção e Demolição para um local apropriado, por um lado, e contribuir para uma melhoria da qualidade ambiental do concelho, através da eliminação de focos de depósito ilegais de inertes, por outro lado.
  
Os resíduos podem ser entregues directamente nas estações de recolha da Gesamb (Estações de Transferência de Borba e Reguengos Monsaraz, ou aterro sanitário de Évora). No entanto, os interessados também podem requisitar à empresa que faça a recolha directamente no local. Todos aqueles que desejem usufruir deste serviço devem entrar em contacto com a Gesamb através do telefone 266 748 123 ou através do site www.gesamb.pt.

Refira-se que os RCD são resíduos provenientes de obras de construção, reconstrução, ampliação, alteração, conservação ou demolição de edificações e contêm percentagens elevadas de materiais reutilizáveis e recicláveis, cujas valorizações devem ser potencializadas.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

CASTELO DE ALANDROAL, OUTRA OPINIÃO

Pelo Arquitecto Rui Rodrigues,

CASTELOS,  ARQUELÓGOS E VERNIZ… 

Muito se discute publicamente sobre os acontecimentos em curso no castelo de Alandroal. 

Já li muitas opiniões expressas publicamente, concordo em certos casos, noutros discordo. 

Considerando que parte do meu percurso profissional colidiu com o imóvel em si entendi também contribuir para a saudável discussão que tenho acompanhado pelos meios de divulgação habituais (blogs). 

Desde já informo que quando estava em funções na CM Alandroal contribuí para o licenciamento da obra junto do ministério da cultura, como me competia. 

Parece-me, é que a discussão a que temos assistido, em certos casos ainda tem alguns equívocos sobre o processo e a sua execução, e que com os dados que hoje disponho entendi contribuir para a discussão. 

Sobre o processo sabemos: 

Foi projectado por uma das actuais “superstar” da arquitectura portuguesa: Aires Mateus & Associados. 

O título do projecto é “RECUPERAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO DO CASTELO DE ALANDROAL” 

Pois é, o objecto da obra não é reabilitar, restaurar ou sequer limpar o Castelo de Alandroal naquilo que mentalmente visualizamos quando dizemos ou ouvimos a palavra castelo, ou seja: as estruturas construídas, fortificadas e destinadas a protecção militar de um espaço específico. 

Considero que projecto é de grande qualidade, gosto bastante da abordagem e do conceito formal e ainda espero gostar mais do resultado final construído. 

Contudo é um projecto que nunca pretendeu salvaguardar o monumento em si, ou seja, é como que colocar um chão novo e umas mobílias novas numa casa onde o tecto mete água e ameaça em alguns troços a ruína… 

Se é mais importante requalificar o espaço livre ou acudir ao monumento, é uma decisão politica, e esses foram mandatados livremente para decidirem bem e para todos os disparates que lhe aprouverem…

Também é natural que a confusão sobre o real objecto da obra impere, já que até o “dono de obra” através do seu gabinete de imprensa do município de alandroal em maio de 2011 divulgou: “O Castelo do Alandroal será o palco da cerimónia onde, a partir das 21:30, se irá mostrar aos alandroalenses, e a toda a população do concelho, o Projecto de Requalificação do Castelo de Alandroal” – (fonte: http://www.alandroalandia.blogspot.pt) 

Certamente que o lapso foi do dito Gabinete de Imprensa. 

Eis que para recuperar o espaço público do Castelo de Alandroal, é necessário afectar o subsolo, e para isso numa zona classificada, (porque é só isso, já que não se mexe no monumento em si), é preciso o apoio de Arqueólogos. 

Pois é, aí entram os maiores defensores do património, de espada erguida contra qualquer picareta não acompanhada que danifique irremediavelmente uma tíbia setecentista ou o resto de uma estrutura erguida por algum dos nossos ilustres antepassados. 

Analisam o que aparece, catalogam, moem o empreiteiro, e na maior parte das vezes decidem sozinhos ou em pelotão com base na sua ciência, se vale a pena alterar a obra sem olhar aos custos para salvaguardar os “achados”, ou se é para continuar como estava previsto, destruindo irremediavelmente o que apareceu, ou ainda aterrar para investigação futura, que me parece estar a acontecer… 

Tudo isto em horas ou dias, já que a obra tem prazos. 

Em meu entender o sistema permite abusos de todas as partes envolvidas, leia-se: da picareta e dos cavaleiros da escavação supremos guardiões da cultura. Mas é o sistema que está previsto na lei e é com esse que se tem que viver e trabalhar da melhor maneira que se pode ou sabe. 

Como tal, estamos perante uma obra autorizada pelo ministério da cultura, presume-se que estão acautelados abusos (mesmo de “coupagnons de route”) de qualquer dos intervenientes… 

Enfim, a obra está em execução, o Alandroal vai ter um espaço onde realizar diversos eventos com todas as condições e uma envolvente impar. 

Convém não esquecer, é que as muralhas irão ficar cada vez mais degradadas, caindo pedras e outros elementos, algumas torres podem perder-se… 

Nos próximos tempos também me parece que ninguém vai ter muita disponibilidade económica para obras em monumentos… 

Para terminar só queria manifestar a minha estupefacção sobre o método construtivo de reabilitação do muro confinante com a matriz, já que é estranho reabilitar um muro de construção tradicional com tijolo furado… e aqui não ouvi nenhum guardião da cultura enterrada ou outro, colocar qualquer questão. Deve ser porque para muros à vista não é necessário ordenados para escavar…

 (foto http://www.alandroalandia.blogspot.pt)
 Certamente foi acautelado… 

Agosto 2012 
Rui Rodrigues 
Arquitecto

DIVULGAÇÃO - BAR INTERDITO


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

J. C. Justa responde ao comunicado da Câmara de Alandroal

Para um melhor entendimento do oportuno comunicado do Gabinete de Imprensa da Câmara Municipal de Alandroal sobre as obras do Castelo, junto estas fotografias.

Chão de tijoleira destruído

Amontoado de ossos humanos

Numa delas pode verificar-se como os dentes da máquina "requalificaram" este piso de tijoleira possívelmente muçulmano, e, na outra, o respeito e o cuidado com que "delicadamente" manusearam os ossos dos nossos antepassados (a zona mais clara é uma "parede de ossos). 

A fuga em frente, a curto prazo serve quem teme, é certo, mas, acaba quase sempre, num monumental "estampanço". Por favor, reclassifiquem-se a vocês próprios, mostrem outra forma de governar o bem-comum, e não nos façam passar por mais vergonhas. 
Oxalá. 

 J. Cardoso Justa

Alandroal: Obra de Requalificação do Interior do Castelo Segue a Bom Ritmo

Os trabalhos de prospecção arqueológica marcaram as primeiras fases da obra e revelaram, tal como era esperado, que o espaço designado como “antigo cemitério” serviu, de facto,  esta finalidade desde muito cedo na história do castelo do Alandroal. De entre os objectos encontrados neste local destacam-se algumas “estelas funerárias” que estão agora a ser estudadas.


Para além de um “silo” comum com cerca de 2 metros de diâmetro, foram ainda identificadas algumas estruturas correspondentes a “muros” ou fundações de antigos edifícios com pouca monumentalidade e difíceis de classificar, que serão novamente recobertos e preservados no decurso da obra.

Para além do obrigatório acompanhamento arqueológico a cargo da autarquia, a obra está a ser acompanhada pelos técnicos da Direcção Regional de Cultura/IGESPAR que na última visita técnica efectuada, em 23 de Julho, se mostraram plenamente satisfeitos com as metodologias e soluções até aqui adoptadas e com o andamento geral dos trabalhos.

Importa salientar que esta obra não se iniciou sem que estivesse assegurado o parecer favorável das entidades competentes, conseguido após várias reuniões de articulação entre os técnicos da Direcção Regional de Cultura, os projectistas e os técnicos da autarquia.

Todos os achados mais relevantes, assim como o registo fotográfico e em vídeo desta fase da obra serão, em fase posterior, reunidos num Centro Interpretativo do Castelo do Alandroal, um pequeno núcleo museológico dedicado à história deste imóvel classificado como monumento nacional e que será criado no interior do mesmo.

A intervenção agora em curso corresponde apenas à primeira fase de um plano da autarquia para a total recuperação e dinamização cultural, social e turística do castelo do Alandroal que passa, nas fases subsequentes, pela revitalização do restante espaço público (ainda propriedade privada), pela recuperação do “caminho de ronda”, acesso à torre de menagem e instalação do centro interpretativo.


Fonte: Gab. Imp. Município de Alandroal.

Peixes do Lucefecit estão a ser retirados.

Os peixes da Barragem do Lucefecit, começaram na passada terça-feira a ser retirados por um pescador profissional.

A Barragem está a ficar muito abaixo da sua capacidade de armazenamento de água, actualmente está  com 35% da sua capacidade máxima, segundo o responsável da Edia presente no local e estima-se que no final da campanha agrícola, venha a estar só com 25%.

Aspecto geral da Barragem do lucefecit, muito vazia.
Com tão pouca água, os responsáveis decidiram por bem retirar, e em principio, até 2 toneladas de peixe. Tudo para preservar a qualidade da água que abastece a area de regantes do Lucefecit e evitar a mortandade de alguns milhares de peixes que possam causar um desastre ambiental.

Logo no primeiro dia desta operação, que se pode considerar de experimental, foram retirados 250kg de peixe entre várias espécies, sendo na sua maioria carpas e barbos (150kg de carpas e 100kg de barbos). Foram ainda retirados, pimpões, peixes-gatos e luciopercas, mas em quantidades irrelevantes, entre 3 a 5 exemplares de cada uma destas três ultima espécies.

Em baixo, pode ver um curto vídeo feita na altura do levantamento das redes, já na quarta-feira de manhã, junto à ilha da barragem.

 

Na foto de baixo, os peixes capturados depois do levantamento de três redes, de entre as cerca de uma dezena que foram ali deixadas durante a noite, isto também já na manhã de quarta-feira. Tudo carpas e barbos, mais nenhuma especie, sendo que mesmo entre estas duas espécies predominava muito mais a carpa. Também ainda ontem de manhã, não se sabia quantos dias iria durar esta operação, mas pelo menos até esta quinta-feira, as redes continuarão a ser atiradas à água. 

Esta operação está a ser monitorizada por várias instituições, entre elas a Associação de Regantes do Lucefecit, EDIA, DEGADR e o ICNF.

Castelo de Alandroal em Carta Aberta


                      Por João Cardoso Justa
O Castelo do “Landroal”

(Celtas, greco-romanos, visigóticos, muçulmanos, cristãos, ou, tão somente, um bocado de calçada industrial? – Eis a questão.)


Caros Alandroalenses:

Uma região do interior, do “campo”, de planícies tranquilizantes, de gente afável e hospitaleira que comunga, ainda e tão proximamente com a Natureza, é, na actualidade, entre os sectores do mercado turístico, das que dispõem de maior potencial de crescimento, e, nesse “novo” olhar de quem, saturado/a do bulício das cidades, procura o “cantar dos passarinhos” e o sossego da alma repousada pelos horizondes fundos, é, este resíduo de paz e sossego, sobretudo valorizado pela cultura que encerra e respeitado pela forma como a preserva. È isso, afinal, que caracteriza uma sociedade desenvolvida, uma estrutura social que respeite o chão onde se ergueu, se preocupe com a educação e o bem-estar dos que nela vivem, e, partindo de quem é e daquilo que possui, projecte o futuro intencionalmente, valorizando a riqueza preservada. É, neste contexto, cultura/história/turismo, que (agonizando a agricultura, a indústria dos mármores, e com tanta premência de postos de trabalho), este concelho tem definitivamente que apostar criando atractivos de qualidade e, se possível, únicos. 

Ora, é precisamente a sedução da “coisa rara,” a singularidade, quem brilha neste momento no interior do nosso Castelo e, este projecto de “requalificação” (os dentes de uma retro-escavadora já destruíram PARA SEMPRE um dos seus vestígios mais importantes), ameaça agora ofuscar, possivelmente por centenas de anos, debaixo de um bocado de calçada insensível e industrial.

 Efectivamente, a profusão dos vestígios arqueológicos encontrados nesta superficial escavação de “acompanhamento de obra”, fez surgir á luz do nosso Sol, várias, e raras, páginas da História concentradas num só local. Das estelas funerárias encontradas (nove até á data, segundo creio), uma é declaradamente visigótica, e as outras (numa face a cruz Celta que originaria a Templária e, na outra, variados símbolos do paganismo), sem tanta convicção, dataria de séculos posteriores. Dos pisos, dois e de tijoleiras diferentes, (um dos quais agora mutilado para sempre debaixo do olhar dos arqueólogos), sem mais investigação, deixam-nos mais perguntas que respostas. Seria uma capela visigótica dos inícios da sua cristianização? Seria a antiga mesquita? Seria a capela cristã contemporânea ao Castelo? È no entanto, significativo verificar que, a última estela encontrada (numa face um triângulo e na outra uma cruz Celta) se encontrava sob um dos pisos (o destruído), portanto, este é posterior à época das estelas, donde resultaria que, se esse piso em tijoleira pertencesse à mesquita, as estelas seriam definitivamente visigóticas (o que apenas confirmaria, neste mesmo Castelo, a identificação de peças do período visigótico por Túlio Espanca). E assim, num mesmo local, estratificado pelas diferentes culturas que nos geraram, teríamos a oportunidade única e rara na Península Ibérica de possuir um autêntico museu a céu aberto com as peças “in loco”. Outros muros, uma sólida e grossa estrutura em xisto e alicerces de paredes dispostos em sentido contrário aos da actual igreja, lançam ainda mais mistérios na decifração histórica dos vestígios avulsos que proliferam neste local. 

Trata-se, repito, apenas de uma “escavação de acompanhamento de obra”, o que nos leva consequentemente a pensar no que poderá ainda este Castelo revelar se, uma investigação séria, descesse a cotas mais profundas.

Apesar desta “mensagem”, desta oportunidade que os nossos antepassados nos estendem desde há milhares de anos, destas páginas únicas da História que é a NOSSA e que devíamos mostrar, preservada, respeitada, a estudiosos e interessados (e são milhares) e delas criar condições de desenvolvimento cultural/turístico, a vulgaridade dos responsáveis, sem sensibilidade nem visão, tudo vai tapar (depois dos estragos provocados e da caótica profanação das centenas de ossos ancestrais que carregam juntamente com terra e pedras) com uma calçada industrial. E porquê? Porque nesse mesmo sítio, embora já com a construção de um outro no lado oposto do castelo, tem projectado um pobre palco… E lá, nesse palco da pantomina, se continuará a representar a pobreza cultural, a ignorância, as inaugurações partidárias, afinal, a capa do desprezo por tudo e todos tão característico dos ávidos medíocres. 

Esta é a realidade do que se passa no coração desta vila, este é o crime que, dia após dia, é cometido contra a memória das gentes, dos nossos avós, dos que nos possibilitaram o presente. E, perante tudo isto - o SILÊNCIO. Os gritos dos cadáveres não se ouvem, é certo, mas estarão também mortas as outras forças que disputam o poder nesta terra? Ou ignoram? Ou receiam ser acusadas de outros crimes desta natureza por elas praticados? E os industriais da restauração e da hotelaria desta zona têm a mínima noção da riqueza, oportunidades de negócio, criação de emprego, que lhes está a ser retirada por esta política da ignorância? Certamente que não. Ainda ninguém percebeu que nos bastava saber preservar e “vender” a nossa História, para que este concelho desse um salto qualitativo na sua credibilidade e no seu nível de vida? 

Sabem os alandroalenses que, cerca de 70% das peças que constituem o Museu de Arqueologia de Lisboa (mais as que não têm em exposição permanente) pertencem ao nosso concelho? E que além destas, que serão centenas, também há variadíssimas peças, que nos pertencem, nos museus do Crato e de Évora? E que haverá dezenas de valiosíssimos objectos, sobretudo do período romano, em poder de particulares? Pois é, meus caros conterrâneos, teríamos, “tão somente”, o melhor Museu Arqueológico do país!… Coisa pouca, não é senhores “responsáveis”? Agora, acrescentando-lhe esta fantástica surpresa do Castelo, mais a jóia rara que é a Capela da Boa Nova, mais a história de Santiago Maior (que está toda por contar), mais os mistérios do Endovélico, mais a importância de Juromenha que continua em ruínas, e, talvez, V. Exas tenham uma pequena noção, um vislumbre, de um outro concelho, de uma outra região, que a vossa cegueira política (e falo de todas as presidências) nos tem impossibilitado de usufruir e desenvolver.

 Por tudo isto, senhor Presidente da Câmara, estou certo que em nome da maioria esmagadora dos alandroalenses conscientes, renovo-lhe aqui o pedido que lhe apresentei pessoalmente. Por favor, detenha os trabalhos enquanto é tempo, apresente e negoceie uma alteração ao projecto com o empreiteiro e o Igespar (muito haveria a dizer sobre a responsabilidade deste instituto), não terá certamente esta “linda obra” pronta nas futuras eleições, mas terá a consciência de que deu um definitivo passo para um outro concelho do “LANDROAL”.

Um abraço a TODOS

João Cardoso Justa

terça-feira, 14 de agosto de 2012

ALANDROAL - Corrida de Toiros

A quinze dias do inicio das tradicionais Festas de Setembro, em Honra da Nossa Senhora da Conceição, o Alandrolandia apresenta o cartel da corrida de touros, marcada para 6ª feira, 31 de Agosto.


DIVULGAÇÃO - ALANDROAL UNITED FESTEJA ANIVERSÁRIO COM FESTA DOS ANOS 80


FUTEBOL PRAIA 2012, Classificações e Resultados

No fim de semana passado disputou-se na Aldeia da Venda a 3ª jornada do VI Torneio de Futebol de Praia do Concelho de Alandroal, o Alandroalandia apresenta os resultados e classificações.


A próxima jornada, começa já hoje e termina amanhã, aproveitando assim o feriado do 15 de Agosto, em baixo a grelha de jogos para esta 4ª jornada:


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

ALANDROAL, Actividades para o fim de semana

Com mais um Fim-de-Semana à porta, e com o bom tempo a ajudar, não pode perder a oportunidade para sair de casa e divertir-se com as várias actividades que vão acontecer por estes dias. Já hoje, sexta-feira, o Fórum Cultural e Transfronteiriço de Alandroal recebe a exibição do filme “Prometheus 3D”. 

Também hoje têm inicio as festas de Aldeia de Marmelos onde poderá participar em garraiadas ao uso da região, bailes ou eventos desportivos. Um dos destaques vai para o espectáculo do freestyler Paulo Martinho, piloto de acrobacias em motos. 

De destacar ainda a festa de comemoração dos 2º aniversário da Associação Alandroal United, na terça-feira, dia 14, a partir das 22:30. A Praça da República de Alandroal será o palco para esta festa dedicada aos anos 80, que será animada pelos artistas locais, Luis Fernando, Dj Mprim e Dj OnEye. 

 Fonte: Gab. Imp. Município de Alandroal

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

PESCA - A Captura de Luciopercas

Já há muito tempo que não falava aqui na captura de bons exemplares de luciopercas, ou porque não os apanhavam ou porque não chegavam ao meu conhecimento tais pescarias, mas eis que esta semana houve motivo para escrever.

José Fitas e o seu "troféu" de 4kg.


No fim de semana passado o José Fitas e o seu irmão António Fitas, ambos do Alandroal, conseguiram fazer uma pescaria de 18 predadores, entre luciopercas e achigãs. O maior foi o lucioperca da foto acima, que pesou cerca de 4,00kg e foi capturado na Barragem do Lucifecit com um vinil da Zoom Baby Brush.

João e os seus peixes
Já nesta segunda foto, temos o João de Vila Viçosa, que antes também conseguiu na mesma barragem capturar três bons exemplares, todos perto dos  2,00kg.

Por ultimo um aviso à "navegação". Quem quiser capturar mais alguns peixes no Lucifecit este ano, faça-o ainda esta semana ou na próxima, porque os que restarem vão ser retirados com redes, uns para o Alqueva outros para enterrar. Depois vamos ter de esperar dois ou três anos pela reposição da fauna aquática naquela barragem.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

CASTELO DE ALANDROAL "ESCONDE" PARTE DA SUA HISTÓRIA

Se bem se lembram, na semana passada falei aqui nas obras de requalificação do castelo de Alandroal, nomeadamente dos achados arqueológicos que foram posto a descoberto, postagem que até dei o nome de " Castelo de Alandroal mostra parte da sua história", em contraponto com o titulo de hoje, onde me parece que erradamente estão a esconder a história do castelo e por consequência a história dos Alandroalenses.

Passo a explicar,  parte dos achados arqueológicos estão a ser subterrados sem lhe darem o devido aproveitamento arqueológico e turístico e aqui refiro-me aos silos e àquilo que representaram para a sobrevivência de quem aqui viveu. 

Depois há facto de se desvalorizar as ruínas, daquilo que deverá ter sido a primeira igreja do Alandroal, que foram postas a descoberto no quintal do relógio. Este edifício merece o mais aprofundado estudo por parte dos arqueólogos e historiadores e não a sua aparente "camuflagem"!

Mas o que me fez escrever estas linhas, foi o facto de se estar a fazer uma obra de reconstrução do castelo para aproveitamento turístico e de lazer e ao mesmo tempo "escondem" metade do castelo, com a ampliação de um muro que nalguns sítios chegará aos 5 metros!!!

Ampliação do muro a dividir os castelo
Isto passa-se porquê? Porque uma parte do castelo pertence a um particular, não é da câmara nem do estado, por isso não lhe podem mexer sem a autorização do proprietário.  Mas porque não se aproveitou esta oportunidade? Esta requalificação teria dato à câmara a oportunidade e legitimidade para negociar com os proprietários o regresso daquela parte do castelo para domínios públicos.

Penso que não seria difícil chegar a um acordo, nem seria necessário partir para um processo de expropriação, que para um Monumento Nacional nem seria de todo injusto, mas isso só em ultimas instâncias.

Torreão em ruínas na parte particular do castelo
Até porque não vejo qual o interesse dos particulares terem uma propriedade em ruínas e que está a por em risco as propriedades doutros Alandroalenses. As pedras da muralha naquele sitio estão a desprender-se e ameaçam cair a qualquer momento para os telhados de casas alheias, pondo em perigo pessoas e bens.

Veja-se o abandono do quintal e da altura do novo muro agora a separar o castelo
O próprio quintal é um pastorral pegado, oliveiras abandonadas, tudo formando um ponto de combustão prestes a eclodir, pondo em risco a própria Igreja Matriz. 

Depois ainda há o desaproveitamento de saber o que há por debaixo de todo aquele entulho que foi levado em tempos para aquele quintal, que foi também ele em tempos o quintal da Igreja. Há quem advogue que este quintal albergou o cemitério dos ilustres Alandroalenses de outros tempos. É de todo pertinente saber o que há "escondido" ali debaixo.

Mas voltando à apropriação daquela parte do castelo por parte da câmara, à quem defenda que a câmara não tem dinheiro para isso, pode que não, mas ao fazer o projecto inicial de requalificação e quando se candidatou a fundos comunitários devia ter acautelado valores para esse fim, como deveria ter orçamentado valores para estudos arqueológicos, pois é do mais elementar pensamento que ao mexer no subsolo do interior do castelo alguma coisa de valor arqueológico se haveria de encontrar.

Mas a negociação com o proprietário daquela parte do castelo, não tem obrigatoriamente que envolver valores monetários, pode muito bem passar por cedências que deixem as duas partes a contento. E naquele caso há várias formas do fazer, trazendo mais valias para a vila e para o proprietário.

À câmara e em particular ao seu Presidente pede-se vontade politica para resolver estas situações, pois a requalificação do castelo aproveitada com tudo o que pode dar, será com toda a certeza uma mais valia para o Concelho do Alandroal.


SANTIAGO MAIOR - Resultados da 2ª Jornada Futebol Praia

No fim de semana passado disputou-se na Aldeia da Venda a 2ª jornada do VI Torneio de Futebol de Praia do Concelho de Alandroal, o Alandroalandia apresenta os resultados e classificações.




sexta-feira, 3 de agosto de 2012

CASTELO DE ALANDROAL MOSTRA PARTE DA SUA HISTORIA

Por força das obras de requalificação dos Castelo de Alandroal, teve que se fazer uma prospecção arqueológica no interior do mesmo e sem surpresa nenhuma, pelo menos para mim, essa prospecção trouxe à luz do dia significativos achados arqueológicos.

Esses achados estão agora a gerar alguma polémica entre os Alandroalenses, uns acham que não têm grande relevância, outros acham que deviam ser aproveitados para mostrar um pouco da nossa história. Em baixo algumas fotos, poucas, para o muito que já foi achado.
Á esquerda a cruz dos Templários, à direita (possível) cruz visigótica.
Para situar os leitores, primeiro tenho que dizer que estas escavações estão a ser realizadas no quintal do relógio, onde, sabe-se foi o cemitério da vila de Alandroal até cerca do fim do século XVIII. Mas agora com a descoberta de cerca de uma dezena destas pedras tumulares, sabe-se que o cemitério data pelo menos da idade média, altura dos Templários e a ser verdade que uma das pedras é Visigótica, poderá o cemitério remontar à Alta Idade Média, terá sido portanto um cemitério que durou mais de 1200 anos. Estão ali enterrados mais de mil anos da história do Alandroal, que merecem ser estudados.

Quintal do relógio e as fundações de uma casa monumental
Estas duas fotos de cima mostram os alicerces, parte de paredes e chão daquilo a que eu julgo que foi a capela do cemitério, também há quem ponha a hipótese de ter sido uma mesquita. Ninguém sabe ao certo, por isso deveria ser objecto de um estudo mais aprofundado.

Pode ter sido durante a invasão árabe convertida a mesquita, mas foi com certeza uma igreja. Sabe-se que todos os cemitérios tinham uma igreja, sabe-se que a actual igreja Matriz é posterior aos Templarios, há túmulos quase intactos entre as fundações, há uma fundação robusta num dos limites da fundação, o que leva a crer ter sido a base da torre sineira, este edifício foi com toda a certeza a primeira igreja da Vila do Alandroal. É de todo razoável pedir que não a voltem a enterrar novamente, poderá ser uma mais valia para o projecto que está a ser desenvolvido no castelo em termos turísticos.

Esta foto em cima, mostra parte do chão da casa, no entanto pararam de escavar aqui e não se sabe ainda o tamanho da sala, nem se o chão é todo em tijolo.

Estes dois esqueletos acima, quase intactos, foram descobertos em túmulos dentro das fundações da casa, o que leva a crer, ter sido alguém importante para a altura. Uma curiosidade, estas pessoas mediam cerca de 1,80mt, o que na altura para um latino, era obra... Se é que eram latinos! Não se esqueçam que há quem defenda que também estiveram aqui os Visigodos. Já foram achados, dezenas de esqueletos quase inteiros, mas ossos soltos, são ás centenas, ou não tivéssemos a escavar um cemitério.

Noutra parte do castelo, também já foram encontrados silos, tal como já tinham sido encontrados na praça, mas tal como os da praça também estes no castelos foram novamente subterrados, por isso já não consegui fotografar.  Mas eu continuo a defender a importância dos silos, para se conhecer a forma como os nossos antepassados viviam e sobreviviam. Não se esqueçam que era nestes reservatórios subterrâneos que antigamente se guardavam todo o tipo de alimentos, sólidos e líquidos. E sendo estes silos ás dezenas, só nesta área, dá para calcular também o grande aglomerado que aqui haveria.

É por tudo isto que eu defendo que todo este espólio deveria ser objecto de um estudo aprofundado e não me restam dúvidas que tudo isto bem preservado, seria uma mais valia para o turismo no Alandroal. O castelo por si só, não trás grande atractivo, mas com estas mais valias, vale com toda a certeza ser visitado por qualquer visitante que por aqui passe.

Há quem defenda que a obra do castelo seja embargada, mas eu não vou tão longe, até porque em parte sou um defensor desta obra. Defendo que a obra continue, mas que todos estes aspectos sejam tidos em conta e se o projecto tiver que ser alterado, para se aproveitar tudo isto, então que seja então alterado.


Quintal privado dentro do castelo
Ainda me falta falar na parte do castelo que é particular e que está a por em perigo pessoas e bens, mas disso falarei para a semana.