segunda-feira, 25 de junho de 2012

ALANDROAL NOVAMENTE NA "BOCA" DO EXPRESSO.

Hoje de manhã, num breve zaping pelos jornais nacionais online deparei-me com mais um artigo em que o Alandroal é dado como um exemplo. O exemplo de como o Pais chegou onde chegou e o porquê de tanta austeridade.

É um artigo no Expresso de Henrique Raposo, na sua crónica "A tempo e a desmodo", ora leiam:

Querem os subsídios de férias? Olhem para aqui

A reposição dos subsídios de férias/natal não depende da bondade do governo, mas das possibilidades financeiras do país. Como dizia Daniel Bessa, a questão passa por saber se os subsídios "algum dia poderão ser repostos" e, neste sentido, "a única tarefa colectiva" que "deveria interessar os portugueses" é "saber o que deveríamos fazer para que algum dia fossem repostos" (Expresso, 21 de Abril). Ou seja, a reposição dos subsídios não depende dos humores de Vítor Gaspar, mas sim de uma mudança estrutural. É bom lembrar que, até ao advento da troika, o dia-a-dia do Estado (salários, subsídios e afins) foi alimentado por aumentos de impostos e emissões de dívida. Como já se percebeu, esses dois caminhos chegaram ao final da linha. O regresso dos subsídios depende, portanto, de duas mudanças. Primeira: conseguimos ou não uma redução do peso do Estado? Segunda: conseguimos ou não equilibrar a balança entre importações e exportações? 

Sobre o primeiro ponto, vale a pena ouvir de novo Daniel Bessa: "quando tem de escolher, a sociedade portuguesa está sempre do lado da despesa, nunca lhe ocorrendo, no entanto, que todas as áreas da despesa podem ser aumentadas (inclusive a reposição dos ditos subsídios), desde que outras sejam diminuídas". Tradução? Se quer os subsídios de volta, o funcionalismo público devia ser o primeiro a estar interessado na separação entre o trigo e o joio da Administração Pública. Um exemplo prático: o Concelho do Alandroal tem cerca de 6200 habitantes, mas tem 1 funcionário público por cada 30 habitantes e uma dívida de 4500 euros por habitante. São necessários todos aqueles funcionários? Como é que um Conselho tão pequeno acumulou uma dívida tão grande? Aquele Concelho é necessário? Não podia ser fundido com outro? Enquanto não fizermos estas perguntas e a consequente separação entre o essencial e acessório, a reposição dos subsídios estará comprometida. Como dizia Teodora Cardoso, as metas a curto-prazo eram impossíveis de alcançar sem o corte dos subsídios, e - mais importante - esse corte deu margem para se tomarem outras medidas, sobretudo a reestruturação da Administração Pública (Negócios, 20 de Outubro de 2011). 

A par da reestruturação do Estado, outro ponto devia estar debaixo de olho do tal esforço colectivo indicado por Daniel Bessa: o défice externo. O nosso Estado e a nossa sociedade são dependentes do dinheiro dos outros, do crédito externo. Isto sucede porque o país importou muito e exportou pouco, sendo por isso incapaz de gerar poupança interna. Desde a compra de um T2 em Famalicão até ao subsídio de férias da funcionária pública de Viseu, tudo dependia, em maior ou menor escala, do dinheiro que o Estado e bancos pediam lá fora. A tal austeridade é somente o fim deste modo de vida artificial. Ora, enquanto não conduzirmos o país para um equilíbrio da balança de pagamentos, a reposição dos subsídios será complicada. Até porque esse equilíbrio externo é uma condição sine qua non para que os tais mercados voltem a confiar em Portugal. E sem o dinheiro dos malvados mercados não há subsídios para ninguém.

10 comentários:

Anônimo disse...

nao devem de chegar pois o grilo poe mais pessoal em ajustes directos.

Anônimo disse...

Ajustes de 2009

Touradas
Artistas
Viagens
Tendas.

Tudo coisas que ajudaram muito a desenvolver o concelho...

Já não enganas ninguem, nem aqueles que comiam à tua custa.....

Anônimo disse...

Esse sr Raposinho acha que são os funcionarios publicos os culpados de todos os males do país não???Com jornalismo deste calibre não admira que eles façam o que querem.Rpazola informe-se antes de escrever baboseiras encomendadas

Anônimo disse...

E agora,

MAQUINAS DE CINEMA 3 D,

CENTRO ESTUDOS ENDOVELICOS SÓ PARA TACHOS,

CONTRATAÇÃO PARA LIGAR E DESLIGAR CONTADORES,

RECUPERAÇÃO DO CASTELO E ESPECTACULOS CAROS E INTELECTUAIS,

ARTISTAS,DINHEIRO COM FARTURA PARA AMIGOS, ANJOS E AFINS,

CONTRATAÇÃO DE FESTAS SEMPRE AOS MESMOS SEM CONSULTAS A OUTRAS EMPRESAS,

TENDAS ALUGADAS SEMPRE AOS MESMOS SEM CONSULTAS A OUTRAS EMPRESAS E COMPARAÇÕES DE PREÇOS,

VIAGENS, HOTEIS DE 5 ESTRELAS, RESTAURANTES DE LUXO PARA , FAMILIARES E AMIGOS E AMIGOS DOS AMIGOS.

MUDANÇA NENHUMA O REGABOFE É O MESMO OU PIOR, MAIS VALIA ESTAREM CALADINHOS.

Anônimo disse...

O Nabalismo na sua oposição anónima está como peixe em águas turvas....

Anônimo disse...

Espectacular a frase do anónimo de 3 de Julho de 2012, às 18h00!

Anônimo disse...

ESPEREM PELAS PROXIMAS ELEIÇÕES E LOGO VÊM AS AGUAS TURVAS.

Anônimo disse...

"A Comissão Concelhia do Alandroal do PCP lembra, ainda, que nem sempre tem estado de acordo com as opções de gestão feitas pela força política que hoje detém a maioria na Câmara, se a CDU fosse a maioria na Câmara não tinha seguido alguns dos caminhos, contudo atendendo a que não foram essas opções que conduziram o município a esta gravíssima situação financeira, acusando ainda os eleitos do PS na Câmara de atirar as responsabilidades para cima de terceiros, escamoteando o cego alinhamento com as políticas definidas pelos seus governos que resultaram na situação que é pública e de no espaço de 8 anos ter destruído o elevado património de prestígio, de confiança e de gestão transparente em prol das populações.

Para reforçar a sua afirmação o PCP recorda que o Município tem uma dívida que se aproxima dos 30 milhões de euros, dos quais 7 milhões a fornecedores."

Anônimo disse...

Mas o sr. raposo não escreve sobre os cidadãos (PORTUGUESES) que auferem 167 mil euros de pensão mensal de reforma, porque será?
E de quem aufere salários de 30 mil euros mensais, como por exemplo na RTP a Catarina Furtado?
Além do mais a população do concelho não atinge os 6,2 mil habitantes nem os funcionários PÚBLICOS são 207 como, a média extraída das suas erradas contas PRETENDE que se encaixe.
Deia-se-lhe a "menoridade de interesse" que a sua parvónia escrita merece.

Este senhor brevemente será exposto na praça do mercado para auferir o salário que o conselho de redacção LHE QUISER CONCEDER.

Que é o que vai acontecer AOS TODOS DEMAIS.

Trabalhar para comer e???

COITADOS...

Anônimo disse...

Se o Governo acha que há funcionários públicos a mais, porque autoriza que pela porta do cavalo, tanto nos Municipios como no próprio governo e Instituições públicas se contratem mais funcionários. E o chorudos ordenados pagos no nas empresas públicas? E as reformas multimilionárias por bons serviços prestados á Nação? O Esbanjamento começa pelo estado e tem sido prática desde há vários anos.
Em relação aos subsidio que foram retirados ilegalmente, já alguns de de uma maneira menos legal o meteram no bolso. Os biliões de euros desviados por actos de corrupção, é que deram origem a estes cortes, julguem os corruptos, façam-nos pagar o que roubaram e a crise acaba imediatamente. Se todos os meses mudassem de governo, todos os meses esses senhores mudavam de carro, deslocações, cartões de crédito etc. Acabem com todas as mordomias aqueles que vivem á custa de quem trabalha.