MEDICAMENTOS COMPARTICIPADOS A 100%
Segundo o Decreto-Lei n.º 129/2009, do Ministério da Saúde, os medicamentos genéricos passam a ser 100% comparticipados no caso de pensionistas cujo rendimento total anual seja inferior a 14 vezes o salário mínimo nacional ou 14 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) e para todos os escalões.
Esta medida é justificada pela situação actual, que impõe que sejam adoptadas medidas de apoio às famílias e, em particular, aos mais idosos. Desta forma, “o Estado apoia os idosos mais carenciados, ao mesmo tempo que incentiva o consumo de genéricos”.
In- Portal do cidadão.
Esta medida já vigora a partir de 1 de Junho, mas na prática a maioria dos médicos está a boicota-la.
Os médicos justificam a sua não subscrição alegando que os genéricos podem não ter o mesmo efeito que um medicamento de marca, ou que o doente já está tão habituado à droga antiga que "psicologicamente" o genérico pode não surtir o mesmo efeito.
O "pode" até aceito, pois a possibilidade de um medicamento surtir o efeito num doente, pode conter muitas variáveis. Mas sem se experimentar é que nunca chegamos a saber.
E um medicamento genérico é um medicamento com a mesma substância activa, forma farmacêutica e dosagem e com a mesma indicação que o medicamento original, de marca, só que neste caso, grátis.
Assim custa-me a entender como qualquer médico, seja no Alandroal ou noutra qualquer parte do pais, não prescreva ou dê a possibilidade do doente escolher.
Até porque esta medida é só para quem tem fracos rendimentos e na situação económica actual, daria muito jeito aos muitos carenciados deste Pais.
Ainda hoje ouvi na TV, uma Senhora dizer que «os médicos só querem passar medicamentos de marca que é para ganhar brindes e viagens».
Eu não sei se é assim, nem me parece que os médicos se vendam por tão pouco. Mas uma coisa é certa, que no Centro de Saúde do Alandroal é um "corrupio" de delegados de propaganda médica é um facto.
Nesta minha ultima visita ao Centro de Saúde, estavam lá três e mais uma a chegar, que logo de imediato foi à bagageira meter umas lembranças num saco. Não sei é quem foi o feliz contemplado(a)!
Eu penso, para se evitarem estas desconfianças, se é que de desconfianças se trata, devia-se acabar com este tipo de apresentação de medicamentos aos médicos, que julgo ser pouco digna, tanto para médicos como para delegados.
MAS PENSO MESMO, é que deviam facilitar mais a vida aos doentes necessitados.
2 comentários:
Concordo plenamente contigo.
Patrícia Cid
assino por baixo !
epá, o largo está tão diferente sem aquelas árvores.
abraço
fernando Comissário
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