quarta-feira, 18 de junho de 2008

CADÁVER APARECIDO EM MONTEJUNTOS AINDA POR IDENTIFICAR.


PJ tem indícios de que o morto pode ser de Leste, espanhol ou português

A Polícia Judiciária (PJ) tem na sua posse fotografias de um dos braços de um cadáver masculino que foi encontrado, no dia 23 de Abril, desmembrado e decapitado, junto ao Monte do Roncanito Concelho de Alandroal, na barragem de Alqueva. Volvidos quase dois meses, a polícia ainda não conseguiu identificar o cadáver, mas tem esperança que a exibição destas fotos na comunicação social (que está para breve) conduza ao homem que, alegadamente, foi assassinado.

"Num homicídio, sem a identidade da vítima, regra geral não se consegue chegar ao autor do crime", disse ontem ao DN fonte da Judiciária, adiantando que "os homicídios não costumam acontecer por acaso e para os desvendar é fundamental conhecer minimamente as características do morto". Neste caso, e tal como referiram na altura as autoridades policiais, além de não existir rosto, também não há impressões digitais que permitam estabelecer qualquer ligação com pessoas cujo desaparecimento tenha sido comunicado à polícia.

De acordo com a mesma fonte da PJ, a tatuagem gravada no braço poderá ser a chave para começar a desvendar este crime. "É uma tatuagem muito peculiar que poderá ser reconhecida por familiares ou amigos da vítima, que nos levem à sua identificação", frisa a fonte da PJ, sublinhando que na referida tatuagem "existe uma palavra e alguns símbolos, cujo reconhecimento é fundamental para chegar à identidade do homem e depois, passo-a-passo, ao assassino".

Na altura do crime foi levantada a hipótese de o homem ter sido assassinado devido a uma vingança ou a um acerto de contas entre indivíduos ligados a máfias de Leste. Essa hipótese continua em cima da mesa, existindo até indícios que levam a Judiciária a crer que o indivíduo assassinado tanto pode ser português, como espanhol, como de um país de Leste.

Remetendo os pormenores para mais tarde, a fonte da PJ disse existirem "fortes probabilidades de este homem ser de Leste". Mas também não exclui outras duas hipóteses. "Tudo aconteceu numa zona de convergência de águas portuguesas e espanholas, portanto não é líquida a nacionalidade do indivíduo", frisa a fonte da PJ, adiantando que as autoridades ainda não pararam de sondar tudo sobre pessoas desaparecidas naquela zona.

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