quarta-feira, 23 de julho de 2008

PENSAMENTOS DO EDITOR - O "EL DORADO" PORTUGUÊS


Com o preço do petróleo a subir quase todos os dias e o consequente aumento dos combustíveis a pesar nos bolsos dos portugueses, urge arranjar alternativas a esse tipo de energia.

Até porque é um combustível fóssil, portanto esgotável a médio prazo e altamente contaminante para o ambiente.

Como Portugal não tem petróleo e tem de apostar noutras energias, que sejam limpas e renováveis.

E já o começámos a fazer, o nosso Pais foi o líder mundial no crescimento da produção de energia eólica em todo mundo no ano 2008, mas só agora começámos e muito há ainda por fazer.

Quando o 1º Ministro veio anunciar ( e bem ), que Portugal vai ser dos primeiros países a aderir ao lançamento dos automóveis movidos a electricidade e já no ano de 2011, falando ainda numa política que me parece acertada de aproveitarmos as nossas potencialidades naturais para a produção de energias limpas e renováveis.

Ele só se esqueceu de dizer que Portugal, importa 85% da electricidade que consumimos e se houver uma massificação de veículos movidos a electricidade, a nossa dependência energética será agravada.

Ora esta é a oportunidade que Portugal sempre esperou e não pode desperdiçar, muito melhor que o “petróleo do Beato”. Ser autosuficiente energéticamente.

E aqui o Alentejo também pode jogar uma forte cartada. Temos um Sol como poucos, uma fonte inesgotável, para produzir energia através de Centrais Fotovoltaicas.

Temos o vento, como os nossos vizinhos do sul de Espanha, que inclusivamente têm Centrais Eólicos nos vales e são actualmente os segundos maiores produtores do mundo de energia eólica. E nós aqui tão perto.

Temos as barragens feitas, outras a fazer e o Alqueva e Pedrógão que são o sistema perfeito de hidroelectricas. Quando o sistema de bombeamento de água estiver a funcionar em pleno, a agua irá do Alqueva para Pedrógão e depois do Pedrógão para o Alqueva, criando um circuito que produz electricidade, praticamente com a mesma água. Claro que há que manter os caudais dos rios e há também sempre a água que se evapora.

Por ultimo, com a costa marítima que nós temos, será um erro estratégico e económico não aproveitarmos a força das ondas do mar para produzir mais uns valentes gigawattes de electricidade.

E sobretudo não esquecer que isto são tudo energias limpas e renováveis. O ambiente agradece e a economia portuguesa também.

Entretanto deixei propositadamente uma alternativa para o fim. Por ser polémica, não ser limpa, nem inesgotável. A energia nuclear, de que tanto se está a começar a falar, principalmente por aquele senhor que ganha três reformas do estado e ainda acumula o ordenado e muitas mordomias por ser o Governador do Banco de Portugal. Esse mesmo, Sr. Vitor Constâncio que leva o tempo a dizer aos portugueses que temos de apertar o cinto. Pudera!

Então, só por ser tal cabeçinha a propor o nuclear, estou contra. Mas como percebo pouco do assunto proponho que a sociedade portuguesa discuta o assunto, para que todos possamos ficar elucidados com o nuclear, depois logo se verá.

Quantas ás outras energias, fotovoltaica, eólica e hidroeléctrica, não percam tempo, o futuro é já amanhã, 2011 daqui a 2 anos e meio e o petróleo aumentou ontem, anteontem e antes-de-anteontem...

Manuel Varandas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo plenamente.
Barragem do Lucifecit.