quarta-feira, 24 de setembro de 2008

PENSAMENTOS DO EDITOR - E.U.A., A QUEDA DE UM "IMPÉRIO"

Os Estados Unidos da América começaram a criar uma grande nação desde o principio do Séc. XX, graças ao empenho do seu povo e dos milhões de emigrantes oriundos da Europa, que souberam aproveitar os muitos recursos naturais ali existentes.

Com o eclodir das duas Grandes Guerras Mundiais na 1ª metade do Século, a “Ordem Mundial” altera-se. Principalmente com o fim da II Grande Guerra, de onde ao Países Europeus saem devastados e que até então exerciam a sua hegemonia sobre o Mundo.

É nesta altura que começam a sobressair duas Superpotências, que dominam durante várias décadas a “ Ordem Mundial”:

Os Estados Unidos da América e a União Soviética ( Rússia ) , que dividem o Mundo como Portugal e Espanha o fizeram no Séc. XVI, com o Tratado de Tordesilhas.

Só que desta vez não foi tão geometricamente. A divisão fazia-se politicamente, mas sempre com os mesmos fins. Económicos.

A 1ª destas Superpotências a claudicar foi a União Soviética, mercê da falência do seu sistema político, o Socialismo/Comunismo baseado numa sociedade sem classes e a abolição da propriedade privada. A Perestroika de Gorbachev e a queda do Muro de Berlim em 1989 assinalaram a data do fim deste sistema político.

Restou os EUA, económica e financeiramente muito forte, um arsenal bélico impressionante e políticas assentes no Capitalismo aceites pela maior parte do Mundo Democrático, fizeram desta única Superpotência a “policia” do Mundo.

Isto até ao fim do Século passado. Parece que as políticas daquele Pais mudaram com o Século.

O capitalismo, por força da ganância do Estado e das multinacionais, foi-se transformando em “imperialismo”, invadido vários países militarmente ou politicamente.

Criando assim vários Estados Satélites, fora das suas fronteiras em todos os Continentes. Como foi o caso do Panamá e Costa Rica nas Américas, Israel, Iraque e Afeganistão no Médio Oriente, Coreia do Sul no Extremo Oriente e na Europa o caso mais caricato, a Inglaterra antiga colonizadora, passou politicamente a ser um Estado Satélite dos E.U. da América.

No entanto estas políticas expansionistas, começaram a cair mal em certas organizações mundiais e nas potências emergentes, como a nova Rússia, China, o conjunto de Países de esquerda da A. Do Sul ( Brasil, Venezuela e Bolívia ) , ou a União Europeia, sua tradicional aliada, mas que se tem demarcado de certas políticas Americanas, granjeando assim enorme popularidade na nova Ordem Mundial, sendo já a União Europeia a mediadora mais credível nos conflitos mundiais. Sejam bélicos, ambientais ou económicos.

Há sua desacreditação política, juntou-se agora a sua derrocada financeira, simbolizada pelas falências dos seus agentes económicos, que fez com que o Estado tivesse que interferir na gestão de bancos, financeiras, seguradoras, etc.

Tudo isto permite-me concluir, que o próprio sistema político, capitalista conforme o conhecíamos, faliu. Pois o Estado teve de interferir. E como eu sempre pensei, o Sistema Capitalista sem a entidade reguladora do Estado, é ganancioso demais.

Talvez o Capitalismo com o que o Socialismo tinha de melhor. Nem só Estado, nem só Iniciativa Privada. O que dizem?

Os Estados Unidos da América, vão continuar a ser um grande Pais, mas a sua hegemonia sobre o Mundo acabou em 2008.

Manuel Varandas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Até o Império Romano caiu... Quanto mais alto se sobe maior é a queda. Os EUA não são excepção...
BL

Anônimo disse...

Agora até já estou a simpatizar com o Busch.
Ele deu uma grande ajuda para abreviar a queda do império.
Parabéns ao Busch por ter conseguido, ainda durante o seu último mandato dar início ao fim do capitalismo selvagem.