domingo, 16 de agosto de 2009

A TERTÚLIA DE SEXTA À NOITE

Todas as sextas-feiras à noite (Excepções incluídas), Eu e um grupo de amigos reunimos num determinado local para debater os mais variados temas da sociedade de uma forma leviana. Com a autorização dos Tertulianos, vou passar a informar os leitores das “alarvidades” conseguidas nessas noites.

Ontem estiveram presentes: Águia, Aphia, Bichano, Reileão, Poeta, Kacus, Verguinha, Tá-ta-rá-tá e Eu.

Ontem esteve como observador, Ku-adrado.

Ordem de Trabalhos:
1. Gaspacho acompanhado com "jaquinzinhos" e omelete com batatas.( Este ponto é variável semanalmente ).
Este menu foi já uma repetição, mas também com os 25 graus da noite de sexta, o que é mais apetecia comer se não um refrescante Gaspacho! E de preferência servido na esplanada, como foi o caso.

Gaspacho, "Sopas frias", como diziam alguns tertulianos, são sempre a melhor e mais apetecível solução para o verdadeiro Verão Alentejano.

O Gaspacho foi repetidamente provado e aprovado, quanto ao seu paladar. Mas em termos dietéticos, todo o menu deixou muito a desejar.

Isto se tivermos em conta que os tertulianos andam todos na faixa etária do pré e pós 40 e que está na altura de se começarem a "defender" de alguns excessos na alimentação. E mais cuidado temos de ter agora, porque uma das tertulianas está pela primeira vez de "esperanças".

Só para lhes lembrar novamente o menu:
Entradas - Chouriço de porco preto, queijo curado gordo e pão.
Prato principal - Gaspacho ( + pão, tomate, pepino, água, sal, vinagre, azeite e alho ).
Acompanhamentos - Carapaus fritos e omelete de batatas fritas.

Esta "bomba relógio" foi encomendada por mim, mas só hoje que estou a escrever é que dei conta de tamanha ignorância dietética. É urgente a Tertúlia contratar uma nutricionista.

2. Discussões infundadas, sobre matérias que não percebemos. ( Este ponto é invariável).

Passados que foram dois dias, pouco consegui reter na minha memória até hoje e que vos possa contar com algum interesse. Mas vou tentar.

Kacus, a estrela da noite. Hiper-faladora, falou de trabalho, vida nocturna, família, politica,... E esclarecida como sempre.

Muito havia para contar, mas demasiado pessoal para se tornar público. Mas... mas..., só um cheirinho:

A Kacus descobriu já em adulta, que ela e a irmã nos seus inocentes 12, 13 anos, já partiam os corações dos rapazes da redondeza com as traquinices efectuadas no tanque privado do pai!

Nos assuntos menos pessoais também esteve particularmente inspirada, como na politica. Foi da sua boca que saiu a palavra certa para o que está a acontecer em Portugal com todos os partidos em relação à situação dos Desempregados de Longa Duração e Rendimentos Mínimos.

Os Partidos estão a praticar o POLITICAMENTE CORRECTO

Grande parte das pessoas que estão nessa situação, repito, grande parte não procuram e nem querem emprego. Preferem andar de curso em curso, ou de bata em Associações de Solidariedade Social, para "parecerem" empregadas.

Andam nisto anos e anos, a receber gratificações mínimas que mal dá para viver, mas é a vida que muitos "escolheram". O problema é que por serem tantas, pesam muito no bolso de quem desconta e qualquer dia a "vaca" seca.

É um modo de vida sem brio e sem grandes expectativas, mas é fácil de obter. A condição sine qua non é não querer trabalhar.

E porque é que todos os partidos, da esquerda à direita não denunciam isto publicamente? Porque não é politicamente correcto e afasta votos, como diz a Kacus.

Não importa que o futuro do Pais fique hipotecado a médio prazo, o que importa é não perder votos no imediato.

Eu tal como a Kacus, também somos a favor que se ajudem as pessoas que fiquem sem rendimentos por motivos adversos, mas nunca que essa ajuda se torne num rendimento crónica.

Por ultimo, propus aos Tertulianos, que as próximas sessões coincidissem com as apresentações dos candidatos à Autarquia do Alandroal, todas sem excepção.

A Tertúlia iria ouvir a CDU, PS, PSD e MUDA, procurar saber das suas propostas e programas.

Fez-se a votação: 5 a favor, 4 contra e 1 abstenção.

Como a votação foi muito "renhida" e nos votos contra ainda houve um "veto-fundador", acabei por deixar cair a proposta.

2 comentários:

Anônimo disse...

Óh Rosinha.
É verdade que os partidos evitam estes assuntos mas, a culpa não é dos partidos, é de todos nós porque não só não tomamos iniciativas, como não apoiamos de forma activa quem no Governo de vez em quando tenta começar a mexer no assunto. E digo começar porque este problema agora tem que ser tratado com algum cuidado, visto envolver muita gente e muitas famílias.
Vejam um caso concretoe com a mesma génese; as baixas fraudulentas.
Quando um ministro avançou com medidas concretas e que hoje já ninguém contesta porque os resultados foram claramente positivos,na altura foi apelidado de todos os nomes menos o de ministro competente.
Neste aspecto o problema é o mesmo e todos nós colaboramos porque em boa verdade o velho "nacional porreirismo" leva-nos a não agir porque até conhecemos pessoas dessas e "é chato" estar a ir contra elas.

Anônimo disse...

Parece que foi uma noite inspirada, a de sexta passada, nem eu tinha reparado que havia uma Kacus na tertúlia!