Portugueses pessimistas quanto a futuro
Mais de metade dos portugueses pensa que irá viver pior daqui a 20 anos, uma expectativa que contrasta com o optimismo dos novos Estados-membros. Segundo o Eurobarómetro publicado hoje pela Comissão Europeia, cerca de metade das pessoas interrogadas (49%) está convencida que, daqui a duas décadas, a sua qualidade de vida irá deteriorar-se em relação a hoje. Menos de quatro em cada dez (38%) prevê uma melhoria. “in Diário Digital”
Eu sei que “a coisa tá preta”, actualmente os portugueses têm razões para estarem descontentes e cépticos em relação ao futuro, mas ainda assim incluo-me nos 38%. Prevejo uma efectiva melhoria na nossa qualidade de vida daqui a 20 anos, tanto em Portugal como no Mundo.
Se não vejamos:
NA POLITICA. A maior parte dos nossos políticos responsáveis por estes maus anos de governação, já cá não estarão. “Só” precisamos que os dinossauros de todos os partidos políticos nacionais saíam de cena, para que a nova vaga de políticos possa emergir.
NA ECONOMIA. Nessa altura já não estaremos tão dependentes do petróleo, teremos energias alternativas muito mais baratas, amigas do ambiente e sobretudo produzidas por nós.
As várias prospecções de minas que estão a proliferar agora pelo Alentejo, daqui a alguns anos, algumas delas serão uma realidade.
Na agricultura, teremos o Alqueva já a funcionar na sua plenitude, fazendo do Interior Alentejano uma enorme área de regadio.
A pesca será um sector em permanente mutação, em que os profissionais do sector terão um papel fundamental na preservação das espécies, mudando-se a pouco e pouco para a aquacultura. Onde vão conseguir maior produção e o consequente melhoramento no nível de vida.
O turismo tomará o seu caminho normal, em permanente evolução, depois com a ajuda de um novo aeroporto, TGV, requalificação de Tróia, requalificação do Algarve, aproveitamento para fins turísticos de Alqueva, Juromenha e Monsaraz, a “nova Serra da Estrela, navegabilidade do Douro e o turismo de habitação das acolhedoras aldeias nortenhas, não há razões para o pessimismo neste sector. Nunca esquecendo o turismo cultural que foi sendo criado ao longo de séculos.
NA SAÚDE. Saúde? Bem, nisto nem quero falar. Também nessa altura estarei 20 anos mais velho, que melhorias posso esperar?
A nível global e porque o global também nos afecta a nós, o Irão deixará de produzir urânio enriquecido, a Palestina já será um Estado livre, Guantanamo terá sido desactivado, Cuba terá mudado, a China será uma democracia, a Europa Comunitária "alargou-se" até à Rússia! E acima de tudo o Bush (pai e filho), Bin Laden, Soares, Alberto J. Jardim, ... já não estarão entre nós.
Estarei a ser demasiado óptimista? Não sei! O que sei é que estes "cabrões" ( sem ofensa :), que lixaram o mundo "já foram".
Manuel Varandas.
5 comentários:
Amigo Rosinha, como sempre os teus pensamentos, fazem-nos pensar.
Mas desta vez não concordo contigo.
Estas coisas têm reflexos passados muitos anos e tudo o que estamos agora a sofrer é o reflexo das más governações pós 25 Abril em que muitos se amanharam sem pensar no futuro. E fomos governados por homens de saber, formados em Universidades verdadeiras, sem subtefurgios. Agora com a classe de políticos que temos, as mutações que o mundo está sofrendo vão ter reflexos daqui por uns anos e talvez para 10% a vida seja um mar de rosas mas podes ter a certeza que 90% vão viver muito mal.
Já cá não estarei nessa altura, mas frequentemente penso nos meus descendentes e temo pelo futuro.
É um desabafo, não vale nada...mas que isto está preto, lá isso está .
Um abraço
Chico Manuel
gostei Rosinha. E se pagassemos uma reforma dourada a esses cabrões (sem ofensa, claro) para se pisgarem já para uma ilha bem longe?
Analisando o custo benefício nao ficaríamos melhor? e não teríamos de esperar 20 anos. grande abraço
fernando mmoittall
quem não tem mais nada para fazer ou dizer.....
enfim
Este meu pensamento até acredito que não tenha sido o mais acertado de todos os que já escrevi, mas foi de todos o mais proveitoso para o meu ego.
Originou dois comentários das duas pessoas responsáveis pelo aparecimento deste espaço.
O Francisco Manuel, que foi o inspirador e o Fernando Moital o criador e actualmente "Provedor".
E ainda melhor, um de acordo outro em desacordo. Nada mais salutar do que cada um apresentar os seu ponto de vista, sem por em causa o do outro.
E eu digo que devem estar os dois correctos, nas suas criticas. Não deveríamos esperar 20 anos para que algumas dessas profecias acontecessem, nem a vida será tão cor-de-rosa como eu a pinto.
Mas continuo com esperança.
As Relações Internacionais são demasiado complexas e imprevisíveis para serem vistas de uma forma optimista. Ou mesmo pessimista.Um certo caos (organizado?...) é o que nelas tem imperado.
Em teoria, aprende-se que as RI devem ser vistas, de preferência, de uma forma realista onde,portanto, dominam os interesses quase sempre egoistas dos grandes Estados e das superpotências.E onde os bons princípios da boa governança mundial são de pouco frequente aplicação.
O mais avisado, talvez seja como alguém já disse, estarmos preparados para vivermos com o optimismo da vontade e com o pessimismo da razão....procurando realizar os grandes objectivos.
Esta espécie de aforismo, tem a sua prova e evidência, no facto de ser precisamente o Século XX, dito o mais civilizado,o século que assistiu impotente a duas guerras mundiais e à emergência do altamente destrutivo poder nuclear.
Sendo,porém, certo que o Século XXI só agora começou.
E fico por aqui.
Com os melhores cumprimentos ao M.Varandas.
António Neves Berbém
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