sábado, 5 de março de 2011

TERTÚLIA DE SEXTA À NOITE

TERTULIANOS , suas "alarvidades" e leviandades

Ordem de Trabalhos:
1.Sopa de tomate com bacalhau e ovos e um segundo prato constituído por peru no forno com batatas assadas ( Este ponto é variável semanalmente )


Neste ponto não me vou alongar muito, pois hoje há muito para escrever, mas ainda assim queria aproveitar para dizer que comi uma sopinha de tomate como hà muito tempo não comia e não fui o único a fazer bis, houve outros a repetir. O peru também estava bastante suculento, mas com dois "discos" de sopa de tomate, sobrou pouco espaço para o peru.

2. Discussões infundadas, sobre matérias que não percebemos. ( Este ponto é invariável).

Esta foi uma Tertúlia acima de tudo carnavalesca, onde o Carnaval foi mesmo tema único. Falámos então dos tempos de juventude dos foliões presentes, já lá vai tempo, pelo menos se lhes olharmos para os B.I.'s.

O "Reileão" é do tempo em que os bailes de Carnaval na Sociedade Artística ainda eram no salão do 1º andar, e sendo o chão de madeira, era incumbido o Reileão e outro que agora não me lembro, de arranjar maneira que a "pista de dança" fica-se mais rápida. Então munidos de uma navalha e uma vela de cera, cortavam a vela em falhinhas que distribuíam pelo soalho para que este ficasse mais deslizante. Depois era ver os foliões em "alta velocidade" na pista!

Também se recordou os antigas disfarces de cara tapada, quando uma velha meia-calça da mãe era o truque mais recorrente para esconder a identidade nos bailes de Carnaval, mas esse truque tinha várias contrariedades.

No "tempo da outra senhora", uma dessas contrariedades era o facto dos ensaiados antes de se dirigirem para os bailes, terem que ir antes ao Posto da GNR para se identificarem perante o chefe do posto, ou mais tarde, já no tempo do PREC, recorda a "KGB", apareceu outro tipo de censuradores, os dirigentes das Sociedades onde se realizavam os bailes.

Eram o Chico Manel, Malato e António Luis na Sociedade Artística e o Nei e Arlindo na Sociedade da Música, os "chicos espertos", que recorriam a essa artimanha para saberem quem eram os ensaiados logo ao principio da noite. Ainda aproveitavam para beberem algumas "minis" à pala daqueles que tinham a curiosidade prematura de saberem de quem eram as caras feias que estavam por trás das máscaras. É que por vezes alguns alarves levavam tamanho aquecimento nas danças, que ficavam com as "cabeças" à roda, mas depois ficavam na dúvida se os calores que tinham sentido eram ou não responsabilidade de alguém do sexo oposto. Então convinha certificarem-se quanto antes, para depois não terem de passar pela vergonha no fim da noite, de terem sido "engatado"(as) por alguém do mesmo sexo!

"Reileão" e seu amigo Manel-Iris, claudicaram certo dia em pleno baile, a expensas de uma dessas contrariedades da mascaração sigilosa. A dificuldade em ingerir bebidas é uma dessas contrariedades, mas aqueles dois amigos pensaram numa forma de contornar esse problema e a solução que encontraram foi, beber aquilo que tinham a beber na altura dos preparos da mascaração. Ora ainda em casa, e na altura do despe e veste, marchou uma garrafinha de bagaceira velha, só entre os dois! Depois de todos "tapados", baile... E no baile um calor sufocante, a respiração começou a ficar ofegante, o oxigénio mal entrava e aspiravam o seu próprio CO2 em forma de aguardente gasosa, até que "beijaram" o soalho, derrotados pelo seu próprio bafo!

Hoje pela primeira vez na Tertúlia uma contra-alarvidade, e logo da autoria do "Castelhano", deve ter saído por ser entrudo, também ninguém acredita ou pode levar a mal.

Ao "Castelhano" apareceu-lhe um buraco na mão, e por causa desse buraco está-se-lhe a começar a encolher o dedo mindinho e então diz ele em forma de desabafo, « é pá, eu a mim, está-se-me a começar a encolher tudo...!»

E falando em Entrudo, fica aqui um cheirinho dos dois maiores foliões que encontrei na 1ª noite de Carnaval.
Uma Joaninha com perna de ovelha gulosa...!

E um terrorista Alandroalense, tornado mercenário a caminho da Líbia!

3 comentários:

francisco tátá disse...

Olha que essa história de reconhecer os mascarados não era bem pelo motivo que eles contaram.
Isso devia-se ao facto de muitos "alarves" se aproveitarem da "cara tapada", para cometerem certas e variadas "tropelias" que davam azo a "queixinhas" e depois nós como directores responsáveis tinhamos que os chamar a atenção e passar o respectivo sermão ou correctivo, e só sabendo quem eram podíamos actuar.
Já a questão das minis não foge à verdade.
Um abraço e bom Carnaval
Chico Manel

francisco tátá disse...

Tal foi a barrigada de sopas de tomate (com ovos e bacalhau) que nunca mais apareceste. Ou então tiveste um Carnaval...assim como que...de caixão à cova.
A propósito hoje é dia do enterro de Carnaval..houve um dia em que os da Banda foram todos presos. Qualquer dia conto
Xico Manel

Varandas disse...

Puro engano portei-me bem! Tive outros afazeres que não me deixaram tempo para o blogue, mas agora vou "enterrar" o Carnaval e começar a blogar outra vez...

Abraço, Rosinha.