PENSAMENTOS DO EDITOR - AEROPORTO

Aeroporto Ota ou Alcochete?


Já se gastaram rios tinta e muitos milhões de euros em estudos por causa do novo Aeroporto Internacional de Lisboa.

Uns defendem a Ota, outros Alcochete e outros que, ainda Lisboa + um.

Ora os Municípios do Oeste compreensivelmente defendem a opção Ota, pois ficariam com muito melhores acessibilidades, tanto aéreas como terrestres e ferroviárias, e todo o desenvolvimento e riqueza que dai poderão advir.

A estes, na defesa da Ota junta-se um intransigente Ministro das Obras Públicas Mário Lino, um Governo envergonhado armado em independente no assunto, mais recentemente a Universidade de Coimbra, com a sua Cidade geograficamente mais cerca do dito local e por ultimo um incompreensível apoio da Fundação Mário Soares! Que envia os recados pelos seus velhos sócios, Almeidas Santos, Jaimes Gamas, etc...

Lisboa + um, só os lisboetas ( Exclui-se a Câmara ), os ecologistas e mais recentemente o intermitente Luís Filipe Menezes é que amiúde falam no assunto. Por isso e a meu ver esta opção a curto prazo deixará de o ser.

E Alcochete aqui tão perto, quem a defende?

Eu e a CIP. Eu obviamente porque teria os aviões a uma hora de casa, porque traria mais hipóteses de desenvolvimento para o Alto Alentejo, se queremos apostar no turismo no Alqueva, temos de ter um aeroporto internacional perto dos complexos turísticos.

Na CIP tenho um aliado de peso, pois são eles que têm o dinheiro, são empresários que acima de tudo procuram o lucro, nunca jogam para perder e se eles dizem que ali o aeroporto é muito mais barato e rentável, tenho que acreditar na sua lógica economicista.

Mas todo este palavreado para quê? Porque incompreensivelmente quem mais devia lutar pelo aeroporto na margem sul nada faz.

Depois do Ministro do Ambiente vir dizer que o aeroporto abraçaria três Concelhos, Alcochete, Benavente e Montijo até ás portas do Concelho de Vendas Novas, não deveria a Associação de Municípios do Distrito Évora ter já tomado uma posição de força na defesa da opção Alcochete!

Talvez seja por esse tipo de inércia, de nunca fazer nada que o Município do Alandroal saiu de tão confrangedora organização.

E então o que dizer dos Municípios da Península de Setúbal, que seriam provavelmente os principais beneficiados. Não “tugem nem mugem”, parece que são primos irmãos da AMDE.

Só me resta a esperança que o Municípios do Alto Alentejo e Distrito de Setúbal, acordem a tempo para esta temática e se juntem numa plataforma conjunta na defesa dos interesses da região.

Manuel Varandas.