quinta-feira, 15 de maio de 2008

ALANDROALENSES COM BOA ESPERANÇA DE VIDA

ALVITO É O CONCELHO ONDE MAIS SE MORRE

Entre 2000 e 2004, morreram no concelho alentejano de Alvito 1 321,3 pessoas, por ano, por 100 mil habitantes, registando assim a maior taxa de mortalidade por doença do País. A conclusão é de um estudo, desenvolvido por quatro investigadores do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, que foi apresentado ontem.

As regiões do Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo têm, de acordo com a investigação, um risco de morte 20 a 50% superior à média. A taxa nacional de mortalidade entre 2000 e 2004 fixou-se nos 964,8 óbitos por 100 mil habitantes.

Do outro lado da tabela está o concelho de Vendas Novas, Évora, Borba e Alandroal, Vila Nova de Paiva, em Viseu, e Vinhais, em Bragança com 774,1 mortes anuais por 100 mil habitantes, segundo os dados do mesmo estudo. Neste grupo estão ainda os concelhos de.

Da autoria de Rita Nicolau, Ausenda Machado, José Marinho Falcão e Baltazar Nunes, a análise, publicada em livro, é o resultado da conclusão da primeira de três fases do projecto GeoFASES (Análise Geográfica de Factores Ambientais e Sócio-Económicos em Saúde). Na segunda fase, a investigação procurará saber se a variação geográfica de características sócio-económicas, da exposição a factores ambientais e de estilos de vida da população têm influência na diferença de números. A última fase vai estimar o impacto dos factores ambientais.

No prefácio de "Análise da Mortalidade e dos Internamentos Hospitalares por Concelhos de Portugal Continental (2000 e 2004)", José Luís Castanheira, especialista em Saúde Pública, lança algumas ideias para explicar as causas da mortalidade em determinadas áreas. Pobreza, iliteracia, comportamentos de saúde e estilos de vida são os factores evocados.

As doenças respiratórias são mais frequentes no Norte do País, enquanto que as áreas metroplitanas do Porto e Lisboa apresentam o maior número de casos de morte por cancro dos brônquios e dos pulmões. Já, em Monção o risco de morrer de AVC é 87% superior à média nacional. Estes são apenas alguns exemplos das doenças mais mortíferas em Portugal.

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