sexta-feira, 2 de maio de 2008

RESÍDUOS DE MÁRMORE VÃO SER REAPROVEITADOS


Pedreiras: Borba vai ter em Outubro área para depositar resíduos de mármores

Uma área para deposição de resíduos provenientes da exploração dos mármores está a ser construída no concelho de Borba, devendo estar concluída em Outubro deste ano, disse hoje o presidente do município, Ângelo de Sá.

O autarca adiantou à agência Lusa que a Área de Deposição Comum (ADC) de Borba, assim como as quatro vias de acesso, que estão praticamente concluídas, envolvem um investimento global de cerca de seis milhões de euros.

De acordo com Ângelo de Sá, esta ADC, que vai servir apenas as unidades de extracção e transformação de mármores instaladas no concelho de Borba, é a primeira em construção das quatro previstas para a zona dos mármores alentejanos, devendo ainda "nascer" duas no concelho de Vila Viçosa e uma no de Estremoz.

Segundo o autarca, para além do investimento da autarquia, ambos os projectos, ADC e vias de acesso, contam com financiamento ao abrigo do Programa Operacional da Região Alentejo (PORA), que envolve fundos do Estado português e da União Europeia.

A construção da ADC de Borba, junto à zona industrial do Alto dos Bacelos, cuja primeira fase envolve uma área de 20,8 hectares e um investimento de 3,3 milhões de euros, resultou de um projecto da empresa EDC Mármores, Empresa Gestora das Áreas de Deposição Comum, SA. A empresa resultou de uma parceria entre os municípios de Borba, Estremoz, Vila Viçosa e Alandroal, que integram a zona dos mármores do Alentejo, a Associação Portuguesa dos Industriais de Mármores (Assimagra), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e empresas do sector dos mármores.

Ângelo de Sá considerou que o investimento vai permitir "a valorização dos subprodutos provenientes das unidades extractivas e de transformação dos mármores", tendo em vista o seu "reaproveitamento, escoamento e comercialização".

A ADC de Borba vai receber, armazenar e valorizar todas as tipologias de resíduos produzidos pelas empresas extractivas e transformadoras de rochas ornamentais. A recolha dos resíduos vai processar-se de modo selectivo logo na origem, de forma a permitir um armazenamento organizado e um ciclo de utilização com grandes valências económicas e ambientais.

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