A TERTÚLIA DE SEXTA À NOITE

Todas as sextas-feiras à noite (Excepções incluídas), Eu e um grupo de amigos reunimos num determinado local para debater os mais variados temas da sociedade de uma forma leviana. Com a autorização dos Tertulianos, vou passar a informar os leitores das “alarvidades” conseguidas nessas noites.

Ontem estiveram presentes o Aphia, Bichano, Reileão, Kacus e Eu. Faltaram com justificação Verguinha, Tá-ta-rá-tá, Águia e Poeta.

Como observadores estiveram: Air-fado e Mata-birra.

Ordem de Trabalhos:
1. Vaca Estufada acompanhada de batatas fritas e salada mista.( Este ponto é variável semanalmente ).A Vaquinha comeu-se bem, um pouquinho seca mas gostosa e muito macia, as batatas comeram-se Q.B.

Mas a tão propalada salada, é que se comeu pouco, das duas saladeiras numa nem se tocou e na outra comeu-se alguma coisa, mas o responsável desse desbaste fui EU. Mais uma vez tenho de dar razão aos que defendem que os Tertulianos "tratam-se bem", mas pouco saudavelmente. Tenho de arranjar uma forma de inverter essa situação.

2. Discussões infundadas, sobre matérias que não percebemos. ( Este ponto é invariável).

Hoje começo por satisfazer o pedido de alguns comentadores, saberem onde é o restaurante onde se comem estes "pitéus".

Eu nunca mencionei esse pormenor, porque não me pareceu relevante, nem o "poiso" é sempre o mesmo. Mas para satisfazer a vossa curiosidade, posso-lhe adiantar que tudo começou com alguns jantares na mesa redonda do Pátio de Cascalhais ( Juromenha ), com o núcleo duro da Tertúlia, Eu, Aphia, Reileão, Bichano e Ku-adrado.

Entretanto foi adoptada como "Sala de Sessões" da Tertúlia, o Café Ramalho, do meu amigo Januário, que proporciona umas condições especiais à Tertúlia, com o aliciante da cozinheira preparar muita vezes aqueles pratos que só as nossas avós sabiam preparar.

A Tertúlia foi crescendo e os lugares também foram variando, já houve algumas Tertúlias fora do Alandroal, mas a preferência é sempre na vila. Tanto que a de ontem foi nas Pirâmides de S. Pedro.

E ontem e porque estamos em fim de semana de eleições falou-se uma vez mais de politica, ou melhor de ideais políticos, mais do que em partidos.

Mas não posso adiantar muito sobre esse tema, porque hoje é dia de reflexão e não me posso alargar sob pena de estar a fazer campanha, e hoje é proibido.

E o mais grave, fui ameaçado por alguns tertulianos, que se mencionasse alguns assuntos mais melindrosos que ali foram falados, "partiam-me o blogue"! A isto é que eu chamo asfixia democrática!!!

O TGV voltou a ser um assunto debatido pelos tertulianos e mais uma vez não foi tema consensual, Air-fado e Aphia partilham da opinião que o País actualmente não tem condições económicas para a fazer a obra e que nem é prioritária. Alegam ainda que a maior parte do capital investido no projecto será aproveitado por empresas estrangeiras, tanto os trens como as empreitadas de construção civil. Estão até convencidos que há uma empresa de construção civil espanhola que já ganhou a empreitada! Que grande alarvidade...

Por seu lado os defensores do TGV, entre os quais EU, advogo que o TGV é uma obra estrutural. Reconheço que vai levar anos para se pagar e mesmo se algum dia se pagará, mas a TAP dá lucros? a REFER dá lucros? a Rodoviária dá lucros?

Nenhum destes transportes dá lucros, mas são essenciais ao desenvolvimento do Pais, como há-de ser a seu dia o TGV. Mas o principal motivo porque sou defensor deste projecto, é o facto de ele passar pelo Concelho do Alandroal e agregado a ele, a linha paralela de transporte de mercadorias com entreposto no Alandroal, conforme está previsto.

Criará aqui empregos, valorizará os terrenos, será aqui injectado capital fruto das expropriações de terrenos e são muitos a lucrar, pois o traçado está previsto para uma zona de pequenas propriedades.

O único senão que vejo para o nosso Concelho é o impacto ambiental, mas ainda assim se vários factores forem acautelados, esses impactos podem ser minorados.

Quanto a alarvidades, ontem foi um ver se te avias...

Foram tantas que parecia que estavam à desgarrada, inclusivamente puxavam uns pelos outros na esperança de serem superados por outrem e não passarem pela vergonha de serem aqui mencionados.

Mas Eu escolhi esta do Bichano:

Para contextualizar, explico que estávamos a falar de futebol na nossa adolescência, o Bichano é mais novo que eu um ano e eu já não me lembro de ver jogar de travessas, quanto mais jogar com elas.

Mas Bichano diz que nos Arquizes jogava de travessas, mas só conseguia rematar descalço!

Deviam ser umas travessas muito sofisticadas, para lhe permitirem transportar a bola durante o jogo e depois descalçavam-se no momento do remate!!!