segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

JUROMENHA QUER RESISTIR!

A Junta de Freguesia de Juromenha realizou um Plenário na tarde do passado sábado, para discutir com a população o facto do Governo da República propor através do Livro Verde da Reforma da Administração Local, a extinção da Freguesia de Juromenha ou a sua agregação à Freguesia de São Brás dos Matos.

Foram várias dezenas de pessoas que participaram neste Plenário, muitos locais, mas também surpreendentemente, ou nem tanto, alguns empresários forasteiros que estão ali a investir ou pretendem vir ali a investir.

Começou por intervir Maria do Carmo Carvão, actual Presidente daquela Freguesia, que salientou o legado histórico da Vila de Juromenha, que já foi concelho e praça militar como uma das mais importantes linhas avançadas de defesa da Nação, a sua localização estratégica face ao facto de Juromenha ser a porta de entrada do Grande Lago de Alqueva , os projectos que estão para ali previstos e outros já iniciados e da importância da Junta de Freguesia no apoio à actual população, esmagadoramente idosos.

Em seguida intervieram os Presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal, João Grilo e José Inácio Ramalho respectivamente, que em traços gerais, defenderam a manutenção das actuais Juntas de Freguesia do Concelho de Alandroal, porque também está em causa a Junta de Freguesia de São Brás dos Matos. Tanto um como outro, frisaram que a Câmara e a Assembleia vão defender nas mais altas instâncias aquilo que as populações decidirem nas suas freguesias.

E neste Plenário o que a população decidiu em peso foi a continuação da Junta de Freguesia em Juromenha, inclusivamente os empresários presentes e com intenções de investirem naquela localidade mostraram o seu desagrado com o eventual deslocalização da Junta, o que poderá por em causa o entusiasmo nalgum futuro investimento.

As declarações mais discordantes com a maioria dos membros Plenário, foram apresentadas por um representante do PSD-Évora, que defendeu na generalidade as propostas do Livro Verde e argumentou que numa hipotética agregação das Juntas de Freguesia de Juromenha e Mina do Bugalho, as populações poderiam até ficar a ganhar. Estranhamente defendeu que o fecho de instituições públicas nas pequenas localidades, não significa o seu desaparecimento!

Já o Arq. Rui Rodrigues teve uma intervenção que a mim também me pareceu muito pertinente, não defendeu o desaparecimento da Junta de Juromenha, mas questionou se o actual modelo destas autarquias é o mais adequado e o que melhor serve o interesse das populações rurais.

Depois das várias intervenções a Presidente de Junta de Juromenha, leu uma moção entregue pela sua congénere da Mina do Bugalho, onde se destaca a solidariedade da população da Freguesia de São Brás dos Matos, para com a população de Juromenha. Moção essa que tinha sido aprovada no dia anterior em reunião extraordinária, que também serviu para tomar medidas na defesa da Junta de São Brás, cujo Plenário se vai realizar no próximo sábado. Acompanhe a Mina do Bugalho aqui: Freguesia de São Brás dos Matos.

Por ultimo, a Presidente da Freguesia de Juromenha disse que ia elaborar um documento, com um apanhado do que mais importante foi dito, para entregar na Câmara Municipal, na Assembleia Municipal e Governo Central, esgrimindo todos os argumentos em defesa da manutenção da Junta de Freguesia de Nossa Senhora do Loreto - Juromenha.

13 comentários:

Anônimo disse...

Já que se fez referênc8ia á intervenção do representante do PSD Distrital, devia ter-se feito referência a outras intervenções que julgo de extrema importância, porque elas tocam os problemas que uma ou outra extinção poderá causar na vida das populações, e não estarmos já a permeditar aquilo que deverá acontecer.Foram muitos os que intervieram, não é verdade?

Anônimo disse...

E que problemas a extinção da freguesia de Juromenha traz à vida da população?

Anônimo disse...

Não perceber que uma comunidade que perde o seu poder mesmo que pequeno ele seja, é sempre um prejuizo para essa comunidade. Sem transportes publicos, sem meios para se deslocar como se tratam os problemas administrativos dessa Freguesia. Enfim é mesmo falta de informação.

Anônimo disse...

O PROBLEMA DA EXTINÇÃO DAS JUNTAS SEJAM ELAS QUAIS FOREM É O QUE OS MEMBROS DESSAS JUNTAS DEICHAM DE GANHAR. POR AQUI POUCO MAIS VEJO FAZER.

Anônimo disse...

Afinal para que servem hoje a juntas de freguesia?
Todos sabemos que servem só para os autarcas receberem uma mensalidade.
Qualquer munícipe que precise de resolver qualquer problema com a administração pública pode dirigir-se à Junta.
Mas não conseguem resolver-lhe ali o mínimo que seja.
Já porque não dispoem de quaisqueres competências.
O munícipe acaba por ter que ir à Câmara pois está ali só a perder tempo.
Os autarcas não estão na Junta e mesmo que estivessem seria a mesma coisa.
Não podem resolver nada de importante para os munícipes.
Não passam de agentes dos partidos políticos a que pertencem e é só a quem servem.
Quem disser o contrário é porque tem interesses pessoais e está só a defendê-los.

Anônimo disse...

Este ultimo comentário acho que foi infeliz e de uma pessoa completamente ignorante.
Quando é que hoje em dia qulquer municipe não resolve oa seua problewmas na sua Fregiuesia, só se forem do forum camarário.
Por outro lado, as Freguesias não servem para para manter agentes politicos como o Sr. diz, isto mostra bem a ignorância do senhor sobre o trabalho de uma Freguesia.
O Senhor pode ser do contra, está no seu direito, mas não tem o direito de vir para um blogue denegrir a imagem tanto de uma Freguesia como dos seus executivos, cresça e apareça.

Anônimo disse...

afinal para que servem hoje as juntas de freguesia?
com a ocupação árabe e à medida que a reconquista cristã formava o território português, avançava todo o tipo de construção religiosa: igrejas, basilica´s, oratórios, sés nasciam assim por vontade das comunidades e por elas eram envolvidas.
formavam-se assim comunidades à volta das igrejas que se organizavam em paróquias determinantes para a vida local das populações. surgiram de forma diferenciada na maior parte das vezes ligadas à vida do campo, ao tipo de povoamento, ao nº da população e à menor ou maior força eclesiástica.satisfaziam uma população nos seus aspetos económicos e sociais mas sobretudo as necessidades eclesiásticas locais.
em 1830 coma revolução liberal as juntas da paróquia além das atribuições na área religiosa começaram também a ter direitos na promoção e administração dos negócios locais. é em 1835 que passam a integrar a divisão administrativa do país e pela primeira vez são atribuídas legislativamente funções às juntas paroquiais. so em 1867 são criadas as paróquias civis com o objectivo de gerir os interesses das populações embora continuassem ligadas à administração religiosa. esta ligação só veio a desaparecer na 1ª republica e é nesta época que se denomina junta de freguesia ao corpo da sua organização.
estavam dependentes do presidente da camara e os seus elementos podiam ser destituidos por este. foi após o 25 de abril, com a autonomia do poder local que as freguesias adquiriram estatuto administrativo do poder local e beneficiram da descentralização da administração publica.
hoje dependentes da delegação de competências e dos dinheiros das autarquias sobrevivem de acordo com as (poucas) verbas atribuídas por capita e extensão.
historicamente as freguesias beneficiam sempre os interesses locais e dentro destes os grupos que exercem maior influência.historicamente sempre foram instrumentos do poder (religioso, politico). historicamente a sua formação base tem caracteristicas geodemográficas e socioeconómicas e as dimensões paroquiais.
afinal para que servem hoje as juntas de freguesia?

Anônimo disse...

Caro comentador de 16/01/2012 das 16:37:00, parabéns pelo seu comentário, mas também acrecento que quase nem vale a pena às vezes dar resposta a gente que não o merece, porque provavelmente o comentador de "afinal para que servem as juntas de freguesia" é alguém que tem os filhos a beneficiar dos transportes dessas mesmas juntas de freguesia para as escolas; é alguém que aproveita todos os passeios grátis que as juntas de freguesia lhe proporciona; é alguém que usufrui das ajudas que as mesmas socilamente prestam e é também alguém que dá palmadinhas nas costas dos membros das juntas esperando que lhe caiba lá um lugar!E que fique bem explicito que não estou, nem tenho ninguém nas juntas de freguesia

Anônimo disse...

Mas afinal, o dinheiro que falam para transporte, passeios grátis e outros afins vem de onde, não é dinheiro que vai das câmaras?

Anônimo disse...

Vem das câmaras, é gasto cá e bem em transporte para crianças e passeios para idosos, e não em viagens de geminação e afins.

Anônimo disse...

O anónimo disse: O dinheiro das Juntas de Freguesia "Vem das câmaras, é gasto cá e bem em transporte para crianças e passeios para idosos, e não em viagens de geminação e afins"
E eu, acrescento: o dinheiro aqui no concelho de Alandroal é gasto com as remunerações de funcionários e autarcas.
Antes do 25 de Abril os autarcas não eram remunerados. Era boa ideia que voltasse a ser assim novamente.

Anônimo disse...

Concordo... todos fazemos o nosso trabalho e ninguém é remunerado. Pode começar por dar o exemplo o anónimo de 19/01/2012 20:34:00.

Anônimo disse...

Ao comentador de 15/01/2011 - 20:03:00 e seguintes.
Para sorte das populações os senhores não são nem têm a minima capacidade para serem autarcas.
Sabe dizer-me quais são os trabalhos que a Câmara faz que as Juntas não possam fazer? Sabe que são bem poucos.
Mal das populaçôes se não fossem as Juntas de Freguesia.
Pelo que sei, as Juntas de Freguesia, tiveram o cuidado de contratar poucos funcionários, o que diminue e tese que o senhor defende que só defende e existência das Juntas quem tem interesses pessoais, o senhor sabe que isso é falso.
Acha que a Câmara faz tudo, o senhor sabe que há Freguesias onde a Câmara há anos que não faz absolutamente nada, ou não é verdade? São as Juntas de Freguesia que com o pouco que recebem do FEF e dos protocolos que normalmente não são cumpridos e que andam com meses de atrazo nos seus pagamentos, que ainda vão fazendo algumas obras, não será verdade sr.crítico?Nas Juntas de Freguesia, dá-se apoio á cultura ao desporto, ás iniciativas locais, a instituições, a população paga os seus impostos,luz,agua,telefone serviços de cemitério, faz-se limpeza de rua, valetas etc.
Para o senhor isto não é qualidade de vida, só porque é do contra. Felizmente nem todos pensamos assim, porque este Concelho seria uma desgraça com mentes tão evoluída como a do senor.