sexta-feira, 29 de maio de 2009

VIAGEM NO TEMPO E NA MEMÓRIA

JOÃO PAULO GALHARDAS

Cheguei ao Alandroal, vindo das Hortinhas com tenra idade, 5 anos, para morar na Praça. Recordo-me que na altura, na praça, crianças para a minha idade, só o Pisco ( Piçarras ) e o JOÃO PAULO GALHARDAS, ainda assim ligeiramente mais velhos.

Não admira pois que estes tenham sido os 2 primeiros amigos de vivências, nos meus primeiros anos no Alandroal.

Tanto assim foi que o João Paulo ( Palera ), meteu-me a alcunha que perdura até agora e com a qual todos os meus conhecidos me tratam, inclusive até os meus pais, que ao fim de pouco tempo assim me tratavam também, ( Rosinha ).

Isto tudo para lhes falar em como o João Paulo, deixou marcas no Alandroal e naqueles que o rodeavam.

Mas as maiores marcas ou legados, como lhes queiram chamar, fê-los com riscos e tintas e fez muitos que perduram até aos nossos dias, não fez mais porque aos 30 anos escolheu “viver” outra vida. Só Deus sabe se é feliz agora!

O Alandroalandia a partir de hoje e periodicamente vai editar as obras deixadas por ele, acompanhadas pela poesia de “ Matias José”, que o quis homenagear dedicando-lhe um trabalho que foi a concurso de poesia do actor Mário Viegas 2007/08, Fórum Cultural de Santarém.

Texto de Matias José

Biografia de João Paulo Galhardas (autor das ilustrações que acompanham esta obra e ao qual ela é dedicada)

Nasceu em Coimbra no dia 30 de Julho de 1964. Faleceu em Évora no dia 2 de Outubro de 1994 e foi sepultado no Alandroal no dia 1 de Novembro de 1994, “Dia de Todos os Santos”.

Por força do destino nasceu em Coimbra no dia 30 de Julho de 1964, mas toda a sua vida foi passada no Alandroal.

Logo desde muito cedo se vieram a revelar os seus dotes para a pintura e desenho, com um percurso de evolução notável, tanto no domínio do traço como das cores.

Da sua obra constam os mais variados temas que englobam a banda desenhada, vistas do Alandroal, pinturas a óleo e aguarela, desenho a carvão, molde em pasta de papel, cartazes, caricaturas e desenho em barro.

Autodidacta por excelência, criava as suas próprias cores a partir de flores da Primavera que utilizava com mestria em ensaios de cor e, posteriormente, nas muitas obras que realizou.
Sem formação académica em Artes, pois tinha apenas o 12º ano de escolaridade, exerceu as funções de professor de Educação Visual na Escola Diogo Lopes de Sequeira do Alandroal e, mais tarde, veio a adquirir formação na área Arqueológica como Técnico de Arqueologia de Campo, uma paixão de longa data.

Do seu currículo artístico constam três exposições, duas em Vila Viçosa e uma no Alandroal.
Vítima de uma doença do foro psiquiátrico (Distúrbio Bipolar I), pôs termo á vida no dia 2 de Outubro de 1994 com apenas 30 anos de idade. Após a sua morte realizaram-se cinco exposições, três no Alandroal (Carlos Bar, Restaurante Zé do Alto e Átrio da Câmara Municipal do Alandroal) e duas em Terena (uma nas instalações da Junta de Freguesia e outra no Café Bar A Moagem).

Para todos os Amigos d’ Arte aqui está a sua obra para nos servir de alimento e companhia!


Vila Cheia não foi a sua 1ª obra, mas como a poesia com ela relacionada encabeça o trabalho de Matias José, é com esta poesia e esta obra que vou começar:

Buraco da Alma

Lá para os lados de “ Vila Cheia “?!...
Num lugar de encantar!
Uma Alma em seu Buraco
Não se cansa de esperar.
Sei que por mim anseia
Para estar perto, a seu lado,
E poder enfim libertar,
Este ser, seu ser amado!

Matias José
FOTO DE CONCEIÇÃO ROQUE
Continua...

6 comentários:

Nuno Eduardo Coelho disse...

Ainda foi meu amigo!

Anônimo disse...

Rosinha, obrigado por não te esqueceres das tuas origens nas Hortinhas, só realça o teu bom caracter.

Sendo eu tambem das Hortinhas, e mais ou menos da tua idade e da idade do João Paulo, e tendo andado alguns anos ai no Alandroal a estudar, ou melhor a passear os livros, não estou a ver quem era o João Paulo, se tu pudesses dizer mais alguma coisa acerca desse nosso amigo talvez me avivisse a memoria.

Desde obrigado e um abraço

Jose Pais

Anônimo disse...

Rosinha, obrigado por não te esqueceres das tuas origens nas Hortinhas, só realça o teu bom caracter.

Sendo eu tambem das Hortinhas, e mais ou menos da tua idade e da idade do João Paulo, e tendo andado alguns anos ai no Alandroal a estudar, ou melhor a passear os livros, não estou a ver quem era o João Paulo, se tu pudesses dizer mais alguma coisa acerca desse nosso amigo talvez me avivisse a memoria.

Desde obrigado e um abraço

Jose Pais

alandroalandia disse...

Olá.

Como é que eu te hei-de explicar!

O "Palera", era irmão do nosso Prof. de Ginástica, "Zé Manel" Galhardas.

Morava em frente à mercearia do Arnaldo Passos e da "menina" Seta, onde tu ias comprara os rabisca-pés e as bombinhas de carnaval.

Abraço, Rosinha.

Anônimo disse...

Obrigado anigo Rosinha, já estou a ver quem era esse nosso amigo, alem daquilo que sisseste que comprava na mercearia da Seta e do Arnaldo, comprava tambem lá uma coisa que na altura era inportante para mim, que era o jornal "A BOLA".

Um abraço

Anônimo disse...

Era importante que se pudesse ler o texto no desenho. Por lapso, esqueci-me de te dizer. Podes publicar mais tarde, é importante!
Um abraço,
KABÉ