Os leitores deste espaço sabem que raramente dou destaque a comentários, não porque me sejam indiferentes, há até muitos comentários válidos, dentro da imensidão daqueles menos válidos que por aqui aparecem.
Mas há aqueles, cujo conteúdo, parece que adivinham o que vai no meu cérebro, mas muitas vezes não consigo traduzir esses pensamentos em palavras, mas eis se não quando aparece um comentador e me dá uma preciosa ajuda. Aquilo a que eu chamo criticas construtivas.
É o caso do comentário que vou editar neste post. De referir que este comentário foi escrito dentro do contexto de outra postagem aqui neste blogue, sobre a presença da Município de Alandroal na Bolsa de Turismo de Lisboa ( BTL ).
COMENTÁRIO:
Isto é tudo muito bonito, mas que classe ou quantidade de turismo está o Alandroal capaz de fornecer?
O que é que nós temos de turismo para oferecer? bolas! toda a gente fala em turismo no Alentejo.
Gastronomia? Existe no país inteiro, e não pode ser só o restaurante da MARIA, a fazer o roteiro gastronómico do concelho todo.
Atenção, não tenho nada contra o restaurante em questão, muito pelo contrário, é uma mais valia para o concelho, aliás colocou o nome do Alandroal no mapa, muito mais cedo do que a politica, e ainda por cima só por aspectos positivos.
Mas o que eu quero dizer, é que "ela" não pode fazer tudo sozinha, o que é que nós mais temos para oferecer?
Comida! toda a gente se desloca ao concelho para comer?
Praia! não temos.....
pesca? não se pode quase pescar.. e ainda por cima, se vier algum turista para pescar(inopinadamente), tem de apresentar "500" licenças, ou mais senão vai preso(porque o Alqueva é sagrado, para os portugueses).
passeios a pé! Os senhores(as)do turismo fazem alguns passeios(obrigados),começam a 100 á hora e acabam a 100 á hora. Não têm uma mínima ideia do que é fazer um passeio. Os velhos e as crianças perdem-se no caminho, explicações do porquê do trajeto, pura e simplesmente não existem, publicidade pouca ou nenhuma, também não interessa que ninguém vá, o que importa é receber o ordenado por estatuto.
- aonde trabalhas? no turismo.
- o que é que já fizestes?
-uns passeios
- muito bem
- olha que aquilo é uma grande trabalheira, temos de andar muito.
-Pessoas formadas que não têm a inteligência para pensar que:
-pode não ser para toda a vida
-poderei ter de sair daqui para ingressar num emprego a sério, e depois?, NÃO SEI SEQUER ORGANIZAR UM PASSEIO A PÉ(com nível), como poderei ir trabalhar para uma empresa particular?
-Sou eu? que estou a perder faculdades? ou será que estou a deixá-las ir?
Acho que todos nós devia-mos de pensar seriamente no turismo do ALENTEJO.
O pouco que temos não SERVE.
Temos de procurar alternativas.
IMAGINAÇÃO.
O grande problema è que os "gajos" que têm mais tempo para pensar nestas soluções, são precisamente os que trabalham no turismo!
Os particulares a única coisa que podem fazer, é pôr em pratica as ideias.
Mas o problema mais grave( país todo), é que "eles" pensam assim: pois, nós, damos-lhe a ideia, e eles enchem-se de dinheiro.
E não conseguem enxergar, que a função deles é mesmo essa! promover e criar o turismo, por isso têm um ordenado do estado(pago por todos nós).
Não é para ficar um dia inteiro sentado, á espera que não apareça ninguém.
Qualquer entidade que crie uma qualquer actividade de turismo no concelho, obrigatoriamente tem de criar postos de trabalho, seja ela qual for.
Canoagem, restauração, parapente, pesca, caça, mergulho, passeios pedestres, btt, motocross, passeios tt, e tantas outras
que não me consigo lembrar agora.
para qualquer uma destas actividades o investidor, tem de investir, dar a cara, por ele e por os postos de trabalho que vai promover, tem de pagar empréstimos ao banco e etc.., tem de fornecer todo o material necessário aos seus empregados para que tudo funcione na perfeição, e acima de tudo dentro da lei. E você empregado do posto de turismo? O que é que tem de fazer? para além de receber o ordenado no fim do mês? Se não tiver uma caneta fornecida por o estado( que somos todos nós), não trabalha, não faz nada, e continua á espera que não apareça ninguém na secção de turismo, porque, (e até se envergonha) pouco ou nada tem para oferecer.
DEDICADO, A TODOS AQUELES QUE PODERIAM FAZER ALGUMA COISA, SEM PREJUÍZO PRÓPRIO, MAS QUE NÃO O FAZEM PORQUE PURA E SIMPLESMENTE NÃO QUEREM.
Assinatura ilegível.