quinta-feira, 28 de abril de 2011

ALANDROAL MONUMENTOSO

O CASTELO DE TERENA

O Alandroalandia está a meio da trilogia sobre os castelos medievais do Concelho de Alandroal. Se na 9ª edição do "Alandroal Monumentoso" dei a conhecer melhor o Castelo de Alandroal, o 1º desta trilogia, que irá acabar no Castelo de Juromenha, esta 10ª edição vai dar a conhecer o Castelo Medieval de Terena. E não poderia haver melhor altura para o fazer, pois estamos na semana que antecede a Festa de Nossa Senhora da Boa Nova, a semana em que Terena se to5rna na principal atracção das redondezas.


O castelo medieval

As informações documentais mais antigas sobre a povoação de Terena, datam do reinado de D. Afonso III (1248-1279), quando o cavaleiro-régio Gil Martins e sua esposa, D. Maria João, lhe passaram foral, em 1262. Embora se desconheça uma data precisa para o início das obras de construção do castelo, acredita-se que terá tido lugar neste período, uma vez que a fronteira do Alto Guadiana se revestia de importância estratégica para a Coroa portuguesa, e dado o interesse manifestado pelo rei D. Dinis (1279-1325) na consolidação desta linde, assegurada ainda pelos castelos de Elvas, Juromenha e Alandroal.

O Castelo de Terena, vista geral.
Sob o reinado de D. Fernando (1367-1387) o castelo e a sua barbacã encontram-se referidos (1380), o que denota que os trabalhos de fortificação encontravam-se em progresso.

Após a crise de 1383-1385, D. João I (1385-1433) fez a doação dos domínios da vila à Ordem de Avis, o que alguns autores compreendem como um indicativo de obras de recuperação e modernização da sua defesa.

D. João II (1481-1495) nomeou como Alcaide-mor da vila a Nuno Martins da Silveira (1482), nome associado a obras de reconstrução no castelo. Essa ampla campanha de obras prosseguiu nas primeiras décadas do século XVI, sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521) vindo a ser completadas as obras na Torre de Menagem e no paço de alcaides. Nesta fase, o castelo encontra-se figurado por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509). O risco da torre de menagem é atribuído aos arquitectos do reino, Diogo e Francisco de Arruda.


Da Guerra da Restauração aos nossos dias

No contexto da Guerra da Restauração da independência portuguesa, a posição defensiva do castelo foi preterida em detrimento da fortificação da Praça-forte de Elvas, que concentrou os esforços dos arquitetos militares. Embora por essa razão não tenha conhecido obras de modernização no período, mas tão somente de reforço, como o demonstra a Porta das Sortidas, voltada para a Espanha, a sua defesa veio a sofrer estragos sob ataque de tropas sob o comando do duque de São Germano.

No século XVIII, sofreu novos danos causados pelo terramoto de 1755.

O castelo encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 2 de Junho de 1946.

A intervenção do poder público no monumento, entretanto, só se fez sentir a partir de 1937, por intermédio da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), em campanha que incluiu a reconstrução de um pano de muralha e a reinvenção de ameias. Mais recentemente, tendo passando para a afetação do IPPAR, na década de 1980 foram promovidos trabalhos na Torre de Menagem, entre os quais se destacam a reconstrução de abóbadas. Alguns críticos notam que foram adulterados elementos arquitectónicos originais nestas campanhas, vindo assim a descaracterizar o monumento.

Características

De modestas dimensões, o castelo apresenta planta no formato pentagonal irregular, com quatro torres de planta circular dispostas assimetricamente, apenas uma protegendo um ângulo da muralha.

Embora figurada por Duarte de Armas, não se conhece bem a primitiva entrada do castelo. O seu desenho revela um acesso direto, protegido em ambos os lados por cubelos associados à torre de menagem, a meio de um dos panos da cerca.

Castelo de Terena, entrada e torre de menagem

A torre de menagem apresenta planta quadrangular, dividida internamente em dois pavimentos. Cunhada em cantaria, é dotada de seteiras cruciformes, porta de capitelação encorada e balcões manuelinos, sobrepujada pelo sino de correr.

A defesa do portão atual, manuelino, em cotovelo, encimado por dois grandes arcos de volta perfeita, com impostas marcadas e decoradas com bolas e entrelaçados, é complementada por uma pequena barbacã, cujo terraço ameado é alcançado por um adarve. A remodelação do conjunto do portão e da torre de menagem, cujo interior foi apalaçado na ocasião, é atribuída aos irmãos Diogo e Francisco de Arruda, por volta de 1514.

O Castelo de Terena, vista interior da muralha da Porta do Campo.

Em lado oposto ao portão principal rasga-se na muralha a Porta do Campo, também denominada como Porta do Sol. Entaipada durante as obras promovidas no final do século XVII, apresenta ainda a primitiva estrutura dionisina, em arco apontado ao estilo gótico, ladeada por dois torreões de planta circular.

Fonte: Wikipédia.

Próximo Alandroal Monumentoso: O Castelo de Juromenha.

2 comentários:

Anônimo disse...

gostaria caso fosse possivel de ter informação onde ir buscar estes documenos e outros que se referem ao castelo de TERENA.Caso não se importe sr Rosinha agradeço que me envie oou deixe-me o seu contacto para que possamos falar sobre o assunto. Sou de TERENA tenho alguns documentos sobre a vila e gostava de lhe juntar mais. Obrigado

Varandas disse...

Bom dia,

Se preferir entrar em contacto comigo, faça-o através do e-mail: alsport.varandas@gmail.com

Cumprimentos, Rosinha.