domingo, 9 de janeiro de 2011

A TERTÚLIA DE SEXTA À NOITE

TERTULIANOS , suas "alarvidades" e leviandades

Introdução:
As "Tertúlias de Sexta à Noite" já têm cerca de três anos ininterruptamente, mas mesmo realizando-se eu deixei de as escrever, simplesmente por falta de inspiração e comodismo, porque assuntos nunca faltam. Decidi agora voltar a escreve-las a "suplica" de alguns leitores e a primeira, desta segunda série, dedico-a ao António João Galhardas.

Ordem de Trabalhos:
1. Cozido de Grãos à Lavrador. ( Este ponto é variável semanalmente ).

O cozidinho foi muito apreciado, excepto pela "Liliputiana", mas também ela é de pouco alimento e assim está ela, pesa pouco mais que um arrátel!

2. Discussões infundadas, sobre matérias que não percebemos. ( Este ponto é invariável).

Em fim de semana de Reis, a principal discussão da noite deu-se por causa da "paternidade" do Menino Jesus, mas não vou falar aqui nisso, pois é uma discussão com mais de dois mil anos e já nessa altura alguns cantaram:
« Mas quem será? Mas quem será? O pai da criança. Eu sei lá, sei lá... ».
Falo nisto porque foi neste tema que alguém largou a alarvidade da noite, mas disso, darei conta lá mais para o fim desta crónica.

Bem mais interessante foi o projecto que ouvi da boca do Aphia. Alguém ligado à música no Alandroal, não vou ainda divulgar o nome porque o projecto está numa fase embrionária, está a tentar reunir os músicos que pertenceram a antigas bandas de baile do Alandroal. "BASS", "BASS II", "ORBITNIC", "5 DO RITMO" e outras...

O projecto consiste em juntar estes "velhinhos" todos, ensaiarem e fazerem um espectáculo único de baile para se reviverem as décadas de '60, '70 e '80 do século passado. O local já está apalavrado, a data será conforme correrem os ensaios, mas bem pode ser para bem perto do Carnaval, alvitro Eu. É um projecto engraçado, que faço votos que se concretize. O Alandroalandia vai apoiar naquilo que for preciso e conseguir.

Mas estória engraçadissima contou-a o "Castelhano", ele que teve a amabilidade de nos oferecer as entradas para o repasto da passada Tertúlia. Conta o "Castelhano", e foi verdade, «Ainda ai está o "Manel Ortins" que não me deixa mentir»!

Certo dia, há mais de 20 anos, depois da saída do trabalho das pedreiras e em dia vencimento, vinha o Manel Ortins a conduzir a sua motorizada na estrada de Vila Viçosa, atrás dele o "Castelhano" e à frente, outro colega que não sabem quem era ( não acredito!), todos descendo para as Bispas, em sentido contrario, uma camioneta subindo para Pardais. De repente, e vindo do motociclista da frente, começaram a voar algumas notas, que seriam parte do ordenado do "desconhecido", acto continuo, Manel Ortins atravessou-se logo na estrada...
Pummm.... Zabuuumm..., foi abalroado pela camioneta. Camioneta para a valeta, motorizada para a outra valeta. Preocupado com o Manel Ortins, o "Castelhano" abeirou-se logo dele, mas já se estava a levantar e indignadissimo, atirou logo:

Tu viste a aquele cabrão? Ia-me matando!

O "Castelhano", esclareceu: À ele é que te ia matando!? Então tu atravessaste-te na estrada, tu não vias a camioneta?

Eu vi lá a camioneta, nem o caaaraaa...lho, eu só estava a ver as notas a voar!

E pronto, vamos à "alarvidade" da noite, que foi pertença do Reileão e como disse no inicio tem a ver com a paternidade do Menino Jesus. E comecei a falar nisto logo no principio, para os ir preparando, porque estou a "engonhar" e até me está custar contar semelhante sacrilégio, mas foi dito, foi dito e lá vai:

« O Menino é filho de um sapo, pois Maria emprenhou pelos olhos!» Eu escrevi, mas quem disse, foi o Reileão.

Agora fico a aguardar umas décimas do Poeta, até para a semana.

16 comentários:

Varandas disse...

Retirei todos os comentários deste post, porque de facto tenho de reconhecer que inicialmente não me apercebi do ridículo e maldade de alguns desses comentários. Um trouxe outros, e também chamadas de atenção de leitores mais atentos.

Assim decidi acatar as sugestões daqueles que querem o bem deste espaço e que o Alandroalandia seja um veiculo para o desenvolvimento do Concelho de Alandroal. Por ultimo queria clarificar que os comentários nada tinham a ver com o post.

Cumprimentos, Rosinha.

Anônimo disse...

Tens toda a razao rosinha somos um grupo de amigos muito bem unidos.
Cada um com a sua cor politica mas o que conta e que nos damos todos bem e todas as sextas-feiras la vamos nos para o nosso jantar habitual.

Antonio Troco

Anônimo disse...

Esqueceste de referir os nomes dos tertulianos presentes...

Anônimo disse...

grandes Loendros. abraços do comissário

Anônimo disse...

Rosinha.
O que hoje se chama de tertúlia era feito no antigamente com menos ênfase exterior.
Muitos desses encontros foram feitos na tua casa junto à janela que dava para a praça e onde o teu irmão tem hoje o talho.Estou-me a lembrar do Manel,comendo o lombo e dizendo que o molho estava bom....
As conversas eram as mesmas de hoje:análise das conjecturas que de momento nos passavam pela cabeça.
Outras eram feitas na tasca do Ti Manel Melão e às vezes que não poucas,ainda ficávamos a dever a conta para ser paga quando houvesse dinheiro.
Discutiamos o último livro que tínhamos requisitado na Biblioteca e que durante a semana,depois de lido,trocávamos com,por exemplo o 15.
Discutíamos políticas locais,nacionais e internacionais.
Enfim,falávamos uns com os outros sem ser só de futebol...

Anônimo disse...

"Agora fico a aguardar umas décimas do Poeta, até para a semana."

Sei que o Caríssimo Rosinha é tu cá tu lá com o Poeta que se intitula a ele próprio de tal, mas se reparar na minha pobre prosa não é de todo ofensiva e apenas portadora da minha singela opinião, e espero que neste estado de graça democrático e que neste blog democrático e isento me seja concedido publicar o que penso com verdade e nada mais que isso.

Se o dito Poeta escrever umas quadras ainda pode ser que saia dali um rasgo de criação genial agora para quem até quadras escreve mal, décimas é pedir de mais, mas venham de lá elas para ver se o Poeta faz juz ao nome.

CRITICO DE ARTE

Anônimo disse...

Quem emprenha pelos olhos são as cágadas, não são os sapas.

Anônimo disse...

Será que o crítico de arte percebeu?

Anônimo disse...

Claro que não só os inteligente e cultos entendem e o Alandroal está cheio deles.

Critico de falhados.

Anônimo disse...

Fico mais satisfeito por ver que percebeste, afinal de contas as sapas também emprenham pelos olhos...

Anônimo disse...

AO HOMENAGEADO

Galhardas António João
Chegaste em boa hora...
Já agora, amigo Feijão,
Quando é que vás embora?

Este habitual cumprimento
À tua aparição inesperada,
Diz bem do seguimento:-
E para quando é a abalada?

Aproveito para enviar
Saudações pró pessoal...
Repete-se ao chegar
O cumprimento habitual!

Poeta vadio

Anônimo disse...

E OS SAPOS PELOS OUVIDOS...

Anônimo disse...

ISSO SÃO AS CÁGADAS, OS SAPOS MIJAM PRÓS ZOLHOS...

Anônimo disse...

O problema do Alandroal não são os cágados nem os sapos, são antes os Grilos que cantam muito mal e cujas canções nos fazem perder a audição e nos atrofiam de todo o cérebro. Isso das maleitas dos batráquios já está mais que ultrapassado, as doenças modernas são quase todas provocadas por insectos (dengue, malária, febre tifóide, etc).

Anônimo disse...

O problema do Alandroal ainda continuam a ser as sanguessugas parasitas que sugaram o sangue fresco da manada, felizmente em vias de extinção esses híbridos cágados, cágadas, sapos e sapas.

Anônimo disse...

As quadras «AO HOMENAGEADO» são mesmo ao estilo do verdadeiro POETA. Quase que apostava e não me enganava...